São Paulo, quinta-feira, 06 de janeiro de 2005

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FILMES

Confusão em Dose Dupla
Record, 14h.
 
(Cops & Robbersons). EUA, 1994. Direção: Michael Ritchie. Com Chevy Chase, Jack Palance. Policial arma campana a fim de prender criminoso. Só que se instala ao lado de família maluca, que vai atrapalhar sua missão.

O Príncipe do Egito
Globo, 15h55.
   
(Prince of Egypt). EUA, 1998, 99 min. Direção: Brenda Chapman e Steve Hickner. A história de Moisés e da partida do povo judeu do Egito, em animação. Filme vilipendiado pelo público, talvez por ser adulto demais para as crianças e "desenho demais" para os adultos, mas o fato é que é das mais cinematográficas animações rodadas nos últimos anos, arriscando movimentos de câmera (virtuais, claro) como muito filme de carne-e-osso não ousa.

Dibu - O Filme
SBT, 22h15.
  
(Dibu - La Película). Argentina, 1997. Direção: Carlos Olivieri. Com German Kraus. Misturando animação e realidade, Dibu é o desenho cujos pais passam um calvário com suas travessuras. A última do "menino" é aventurar-se nas corridas de kart. Inédito.

Intercine
Globo, 0h45.

As opções de hoje são a comédia "Desde que Nós Partimos" (1998, de David Schwimmer, com Lara Flynn Boyle) e o drama "Nunca É Tarde para Recomeçar" (2000, de Rod Holcomb, com Sissy Spacek).

O Fim da Era Discoteca
SBT, 2h15.
   
(The Last Days of Disco). EUA, 1998, 120 min. Direção: Whit Stillman. Com Chloe Sevigny, Kate Beckinsale, Chris Eigeman. Além do que diz o título, temos aqui, também, o apogeu da era Reagan, nos anos 80, a partir da história de duas amigas, suas personalidades diferentes e problemas de convivência. Portanto, um filme que extrapola o glamour disco para chegar em ambiente muito mais profundo, e interessante.

A Guerra dos Roses
Globo, 2h30.
   
(The War of the Roses). EUA, 1989, 116 min. Direção: Danny DeVito. Com Michael Douglas, Kathleen Turner, Danny DeVito. A tumultuada separação de um casal que, por detalhes pequenos e outros nem tanto, degringola numa guerra sem fim. De Vito consegue tirar leite de pedra, ou melhor, consegue fugir da boçalidade das guerras conjugais para falar sobre o convívio humano, aqui retratado em chave próxima da natureza animal.

Picardias Estudantis
SBT, 4h15
  
(Fast Times at Ridgemont High). EUA, 1982. Direção: Amy Heckerling. Com Sean Pean, Forest Whitaker. Comédia de adolescentes acima da mediocridade que imperou nos anos 80. O assunto é a descoberta da sexualidade, mas temos aqui nomes do primeiro escalão ainda imberbes. (PAULO SANTOS LIMA)

O amor é a transcendência

PAULO SANTOS LIMA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em "Fim de Caso" (TNT, 22h), Ralph Fiennes é o amante ciumento de Julianne Moore, mulher casada. O ciúme vem da descrença de que ela o ame. O amor é um sentimento de confiança no invisível, como a fé em Deus, é o que aponta este extraordinário filme de Neil Jordan. E Fiennes é um homem das coisas palpáveis, estraçalhado porque ama, mas não consegue a transcendência deste amor.
O oposto do casal de gângsteres de "Bonnie & Clyde - Uma Rajada de Balas" (Max Prime, 9h), de Arthur Penn, que zomba da morte porque crê no amor, traduzido carnalmente nos corpos de Warren Beatty e Faye Dunaway. Sem amor é difícil viver, dizem esses filmes. E é o que também diz "Dogma do Amor" (Telecine Premium, 21h), onde o planeta, carente, assiste ao seu apocalipse.

DOCUMENTÁRIO

Série costura três visões sobre o doping

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Um fisiculturista que assume os riscos de tomar esteróides para mandar bem nos campeonatos. Um time fuleiro de hóquei na grama submetido a testes que comparam a creatina a exercícios. E o exemplo de um medalhista alijado dos Jogos de 2000 por doping.
"Drogas nos Esportes", episódio da série "Ataques ao Corpo", do GNT, costura três histórias de maneira bastante eficaz, focando o uso de substâncias para melhorar o desempenho dos atletas.
Dentro do ideal olímpico, cada feito esportivo deveria ser um patrimônio da humanidade. A função dos controles antidoping é justamente impedir que um ser humano alcance uma marca que a espécie não pudesse produzir de uma maneira "natural".
Mas esse conceito muda. A Wada (agência internacional antidoping) liberou recentemente a cafeína, antes banida, por entender que ela não tem um efeito tão decisivo na performance dos atletas. O cafezinho pode ser servido.
Determinados remédios, não. Esse foi o drama do velocista Mark Richardson, prata no revezamento 4 x 100 com o Reino Unido, em Atlanta-96. Um teste durante um mero tratamento para amigdalite lhe tirou a chance de tentar o ouro em Sydney-00.
Afora a questão da ética, o programa consegue divertir ao flagrar o tal time de hóquei. Formada por gordinhos, fumantes e bons de copo, a equipe é dividida por um preparador físico. Uns só tomarão o suplemento creatina (permitido pela Wada), outros terão que dar duro nos exercícios.
Ao fim de quatro semanas, os resultados surpreendem. Os que ficaram só no remedinho tiveram melhora média de 20%, enquanto a turma do suadouro só aumentou o desempenho em 10%.
Convite ao doping? Não. Basta ouvir o musculoso Chris Hart, fisiculturista, citar o efeito colateral mais leve dos esteróides -"os testículos podem ficar do tamanho de passas"- para o espectador preferir fazer umas flexões.


DROGAS NOS ESPORTES. Quando: hoje, às 13h, no GNT.


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