São Paulo, terça-feira, 06 de janeiro de 2009

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Crítica

Eastwood dá voz a japoneses em "Cartas"

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Clint Eastwood rodou "Cartas de Iwo Jima" (HBO Plus, 22h35, não indicado para menores de 14 anos) concomitantemente a "A Conquista da Honra", para mostrar a desventura americana e japonesa nessa que é uma das mais comentadas (e mitificadas) batalhas da 2ª Guerra Mundial, a de Iwo Jima.
O diretor, como sempre, quer revelar algo, mostrar o lado B do disco, e a "revelação" de "A Conquista da Honra" é o que há por trás da famosa (e mitificada) fotografia da bandeira americana hasteada no monte Suribachi.
A descoberta de "Cartas de Iwo Jima" é bem mais notável. Menos dispersivo e dramatizado que o outro, o filme dá rosto (e som, todo em japonês com legendas em inglês) exclusivamente aos nipônicos que lutaram bravamente na ilha.
Eles não tinham como questão conquistar a honra, mas sim mantê-la.
É a espera da morte, num dos mais tristes filmes de Eastwood, que o rodou numa dupla jornada heroica, aos 76 anos.


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