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Crítica
Eastwood dá voz a japoneses em "Cartas"
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Clint Eastwood rodou
"Cartas de Iwo Jima"
(HBO Plus, 22h35, não
indicado para menores de 14
anos) concomitantemente a "A
Conquista da Honra", para
mostrar a desventura americana e japonesa nessa que é uma
das mais comentadas (e mitificadas) batalhas da 2ª Guerra
Mundial, a de Iwo Jima.
O diretor, como sempre,
quer revelar algo, mostrar o lado B do disco, e a "revelação"
de "A Conquista da Honra" é o
que há por trás da famosa (e
mitificada) fotografia da bandeira americana hasteada no
monte Suribachi.
A descoberta de "Cartas de
Iwo Jima" é bem mais notável.
Menos dispersivo e dramatizado que o outro, o filme dá rosto
(e som, todo em japonês com
legendas em inglês) exclusivamente aos nipônicos que lutaram bravamente na ilha.
Eles não tinham como questão conquistar a honra, mas
sim mantê-la.
É a espera da morte, num dos
mais tristes filmes de Eastwood, que o rodou numa dupla
jornada heroica, aos 76 anos.
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