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MÚSICA
Amp alarga as fronteiras eletrônicas
THIAGO NEY
DA REDAÇÃO
Gênero caçula do pop, a música
eletrônica ganhou cara própria
faz tempo, mas ainda utiliza elementos de fora para alimentar as
pistas. É isso o que mostra didaticamente amanhã o programa
"Amp", revelando as influências
black na moderna dance music.
O "Amp" se posta, cada vez
mais, como a melhor e mais
atuante atração da MTV. Há pouco, produziu um CD, o "Amp
MTV 2", compilando apenas produções brasileiras, de Anderson
Noise a Patife e Jonas Rocha.
Neste especial de uma hora, o
programa mais uma vez foge do
quadrilátero tecno-house-drum'n'bass-trance e inicia com
Afrika Bambaataa, uma das mentes mais produtivas do pop, contando como criou (há 20 anos) e explicando o que é o electrofunk.
"É um hip hop com batidas mais
animadas. Mas pode ser chamado
de funk carioca, Miami Bass..."
Esclarecedor, ele cita também
motivos pelos quais é um defensor ferrenho do sampler (quando
se pega uma base de uma música
já existente para criar algo novo):
"O sampler é ótimo. Ajuda a resgatar discos antigos e artistas que
estavam esquecidos".
Após Bambaataa, o programa
segue com um minidocumentário produzido pelo americano DJ
Shadow -cujo primeiro disco,
"Endtroducing", de 96, foi eleito
pela revista "Muzik" como o mais
importante da história da dance
music- sobre a influência que
antigos bateristas de jazz ainda
exercem sobre os novos artistas.
Earl Palmer, Paul Humphrey e
James Gadson, três dos mais sampleados bateristas da música, fazem uma jam com respeitados
DJs de hip hop, como Babu, Jrocc
e Cut Chemist.
Tudo isso -o programa- entremeado por fundamentais clipes, como "Planet Rock" (Bambaataa) e "4 My People" (Missy
Elliott/Basement Jaxx).
AMP - ESPECIAL BLACK MUSIC. Onde:
MTV. Quando: amanhã, às 23h
(reapresentação domingo, às 16h).
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