São Paulo, sexta-feira, 06 de fevereiro de 2009 |
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Jogo de cena
Com elenco indicado ao Oscar, "Dúvida" estreia no país; protagonistas e o diretor John Patrick Shanley falam sobre
as filmagens
CRISTINA FIBE ENVIADA ESPECIAL A LOS ANGELES "Não estou tentando enganar o espectador, criar um quebra-cabeça, estou tentando recriar a experiência que tenho e convidá-lo a acostumar-se à ideia de que não se pode saber tudo." É assim que o autor John Patrick Shanley explica o clima de desconfiança estabelecido no filme "Dúvida", um jogo entre os atores que pouco esclarece, mas que rendeu indicações ao Oscar a todo o elenco principal -Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman, Amy Adams e Viola Davis- e ao seu autor. Shanley, 58 anos (18 sem dirigir um filme), já havia vencido o Pulitzer, em 2005, pela peça "Doubt", adaptada aos cinemas por ele mesmo, que usa elementos de sua infância para recriar o ambiente em uma escola católica do Bronx, NY, em 1964. Em meio às mudanças da igreja, o moderno padre Flynn (Hoffman) é alvo da tradicional irmã Aloysius (Streep), que suspeita da atenção especial que ele dá a um aluno negro. Amy Adams é a ingênua irmã James, que olha tudo sem saber se ajuda ou atrapalha, e que teve a freira original, na qual Shanley inspirou a personagem, nos sets de filmagem, acompanhando cada passo. Também indicada, Viola Davis interpreta a mãe do menino, em um personagem que acrescenta ao filme uma discussão sobre a segregação racial e econômica nos EUA dos anos 60. A Folha conversou em novembro, em Los Angeles, com os indicados ao Oscar por "Dúvida", que estreia hoje por aqui. Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: Igreja é centro de "Dúvida", diz Hoffman Índice |
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