São Paulo, sábado, 06 de fevereiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mercado de arte pode lavar dinheiro ilícito

DA REPORTAGEM LOCAL

A falta de controle rigoroso nas transações de compra e venda de obras de arte é o que torna esse mercado fértil para operações de lavagem de dinheiro de origem ilícita.
Segundo o presidente do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Antônio Gustavo Rodrigues, há uma resolução do órgão de 1999 que criou procedimentos a serem observados numa transação envolvendo bens artísticos e antiguidades. Ela determina que operações suspeitas (que envolvam dinheiro em espécie, em que o comprador resiste a ser cadastrado, em que haja pagamento com recursos vindos do exterior etc.) devam ser comunicadas ao órgão.
No ano passado, apenas duas transações de obras de arte foram apontadas ao órgão como suspeitas. Para se ter uma ideia, o setor imobiliário, no mesmo ano, comunicou 3.142 transações suspeitas; o setor de joias, 23.
"Falta essa consciência entre galeristas", diz Rodrigues. "O que muitos não sabem é que a não comunicação dessas transações pode acabar envolvendo o vendedor da obra na ação criminal como cúmplice", alerta. (FM)



Texto Anterior: Sob custódia
Próximo Texto: "Não sou apegado a bens materiais", diz Edemar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.