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Mercado de arte pode lavar dinheiro ilícito
DA REPORTAGEM LOCAL
A falta de controle rigoroso nas transações de
compra e venda de obras
de arte é o que torna esse
mercado fértil para operações de lavagem de dinheiro de origem ilícita.
Segundo o presidente
do Coaf (Conselho de
Controle de Atividades Financeiras), Antônio Gustavo Rodrigues, há uma resolução do órgão de 1999
que criou procedimentos a
serem observados numa
transação envolvendo
bens artísticos e antiguidades. Ela determina que
operações suspeitas (que
envolvam dinheiro em espécie, em que o comprador resiste a ser cadastrado, em que haja pagamento com recursos vindos do
exterior etc.) devam ser
comunicadas ao órgão.
No ano passado, apenas
duas transações de obras
de arte foram apontadas
ao órgão como suspeitas.
Para se ter uma ideia, o setor imobiliário, no mesmo
ano, comunicou 3.142
transações suspeitas; o setor de joias, 23.
"Falta essa consciência
entre galeristas", diz Rodrigues. "O que muitos
não sabem é que a não comunicação dessas transações pode acabar envolvendo o vendedor da obra
na ação criminal como
cúmplice", alerta.
(FM)
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