São Paulo, sábado, 06 de fevereiro de 2010

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"Força-Tarefa 2" terá gravidez e "mais porrada"

Nova leva do seriado, sobre militares da Corregedoria da polícia do Rio, tem estreia marcada para abril na Globo

Dirigida por José Alvarenga Jr., temporada será mais curta para evitar exposição excessiva de Murilo Benício, escalado para "Ti-Ti-Ti"

SAMIA MAZZUCCO
DA SUCURSAL DO RIO

Uma gravidez na trama, mais ação nas cenas e cinco minutos extras por episódio para finais elaborados. Essas são as principais promessas para a segunda temporada de "Força-Tarefa", seriado da Globo que conta histórias de policiais militares da Corregedoria do Rio, responsáveis por investigar crimes cometidos por colegas. "Vai ter mais porrada", resume o diretor-geral, José Alvarenga Jr.
A grávida será Jaqueline (Fabíula Nascimento), namorada do incorruptível tenente Wilson (Murilo Benício). "Ele continua com os mesmos princípios, mas [com o filho] terá reflexões mais profundas do que recusar uma propina. Sabe a preocupação do dinheiro não dar?", diz Benício, em entrevista à Folha, no intervalo das filmagens em um mercado público em Benfica, subúrbio do Rio.
As gravações começaram em janeiro, três meses antes da estreia. Os autores Marçal Aquino e Fernando Bonassi escreveram 13 episódios, mas três foram cortados.
Segundo o diretor, o motivo é evitar conflito de imagem de Benício, que está escalado para interpretar o costureiro Víctor Valentim na novela "Ti-Ti-Ti", trama de 1985 que será regravada pela Globo e ainda não tem data de estreia.
Na série, uma das razões para priorizar a ação foi uma pesquisa feita com o público após o término da primeira temporada, que apontou a preferência. "A primeira leva foi um treinamento, agora temos uma identidade", afirma o diretor.
Outra explicação para investir na "porrada" e nos conflitos pessoais é a falta de narrativa investigativa, base dos seriados americanos. Para o diretor, "Força-Tarefa" é fruto da polícia de confronto do país.
Com ibope considerado bom para as 23h, média de 21 pontos, a meta é se manter entre 20 e 24. "Se chegar a 25, é festa", diz, rindo, Alvarenga.
Sob uma temperatura que chegou a quase 36 C no dia em que a reportagem acompanhou as gravações externas, Milton Gonçalves, vestido de coronel Caetano, seca o suor que pinga pelo queixo. Com o colarinho molhado, se levanta do caixote em que estava sentado e segue para gravar uma cena.
"É um programa que tem suor, não tem aquela maquiagem limpa. Esse tipo de sujeira mantém a personalidade [do policial]", diz Alvarenga.
Em outra cena, em que Benício, vestindo uma roupa de rapper, foge por ser suspeito pela morte de dois policiais, o diretor de fotografia Tuca Moraes paralisa a gravação após o primeiro ensaio. "Vamos lapidar [a cena] porque está um diamante bruto." São cinco repetições até ajeitar o cenário e o movimento da câmera.
Com quatro dos seis dias de gravação semanais feitos externamente, o custo é alto. O diretor se limita a dizer que é o mesmo da primeira temporada. "Mas, como antecipamos as gravações, foi possível planejar mais e diminuir os gastos."


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