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"Força-Tarefa 2" terá gravidez e "mais porrada"
Nova leva do seriado, sobre militares da Corregedoria da polícia do Rio, tem estreia marcada para abril na Globo
Dirigida por José Alvarenga Jr., temporada será mais curta para evitar exposição excessiva de Murilo Benício, escalado para "Ti-Ti-Ti"
SAMIA MAZZUCCO
DA SUCURSAL DO RIO
Uma gravidez na trama, mais
ação nas cenas e cinco minutos
extras por episódio para finais
elaborados. Essas são as principais promessas para a segunda
temporada de "Força-Tarefa",
seriado da Globo que conta histórias de policiais militares da
Corregedoria do Rio, responsáveis por investigar crimes cometidos por colegas. "Vai ter
mais porrada", resume o diretor-geral, José Alvarenga Jr.
A grávida será Jaqueline (Fabíula Nascimento), namorada
do incorruptível tenente Wilson (Murilo Benício). "Ele continua com os mesmos princípios, mas [com o filho] terá reflexões mais profundas do que
recusar uma propina. Sabe a
preocupação do dinheiro não
dar?", diz Benício, em entrevista à Folha, no intervalo das filmagens em um mercado público em Benfica, subúrbio do Rio.
As gravações começaram em
janeiro, três meses antes da estreia. Os autores Marçal Aquino e Fernando Bonassi escreveram 13 episódios, mas três
foram cortados.
Segundo o diretor, o motivo é
evitar conflito de imagem de
Benício, que está escalado para
interpretar o costureiro Víctor
Valentim na novela "Ti-Ti-Ti",
trama de 1985 que será regravada pela Globo e ainda não
tem data de estreia.
Na série, uma das razões para priorizar a ação foi uma pesquisa feita com o público após
o término da primeira temporada, que apontou a preferência. "A primeira leva foi um
treinamento, agora temos uma
identidade", afirma o diretor.
Outra explicação para investir na "porrada" e nos conflitos
pessoais é a falta de narrativa
investigativa, base dos seriados
americanos. Para o diretor,
"Força-Tarefa" é fruto da polícia de confronto do país.
Com ibope considerado bom
para as 23h, média de 21 pontos, a meta é se manter entre
20 e 24. "Se chegar a 25, é festa", diz, rindo, Alvarenga.
Sob uma temperatura que
chegou a quase 36 C no dia em
que a reportagem acompanhou
as gravações externas, Milton
Gonçalves, vestido de coronel
Caetano, seca o suor que pinga
pelo queixo. Com o colarinho
molhado, se levanta do caixote
em que estava sentado e segue
para gravar uma cena.
"É um programa que tem
suor, não tem aquela maquiagem limpa. Esse tipo de sujeira
mantém a personalidade [do
policial]", diz Alvarenga.
Em outra cena, em que Benício, vestindo uma roupa de rapper, foge por ser suspeito pela
morte de dois policiais, o diretor de fotografia Tuca Moraes
paralisa a gravação após o primeiro ensaio. "Vamos lapidar
[a cena] porque está um diamante bruto." São cinco repetições até ajeitar o cenário e o
movimento da câmera.
Com quatro dos seis dias de
gravação semanais feitos externamente, o custo é alto. O diretor se limita a dizer que é o
mesmo da primeira temporada. "Mas, como antecipamos as
gravações, foi possível planejar
mais e diminuir os gastos."
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