São Paulo, sexta-feira, 06 de abril de 2007

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Flip traz o quadrinista Art Spiegelman

Pela primeira vez, a Festa Literária Internacional de Paraty, que começa dia 4 de julho, terá mesa-redonda sobre HQ

Desenhista ganhou o Prêmio Pulitzer em 1992 por "Maus", "graphic novel" que trata de polonês que sobrevive a Auschwitz


EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL

A organização da Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, confirmou a vinda do quadrinista norte-americano Art Spiegelman para sua quinta edição, que acontece entre os dias 4 e 8 de julho.
Spiegelman ficou famoso em 1992 ao ganhar o primeiro Prêmio Pulitzer com uma história em quadrinhos. "Maus - A História de um Sobrevivente" é uma "graphic novel" que narra a história de Vladek, seu pai, judeu polonês que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz. No Brasil, o título foi lançado em duas partes, entre os anos 80 e 90, pela Brasiliense. E teve reedição em 2005, em volume único, da Companhia das Letras. A editora já havia lançado, em 2004, "À Sombra das Torres Ausentes", também do autor.
Cassiano Elek Machado, diretor de programação da Flip, lembra que a festa nunca contou com uma mesa sobre quadrinhos, apesar de ter tido a participação de "alguns ótimos quadrinistas ou chargistas, de Millôr Fernandes a Angeli".
"Nesta edição, teremos um dos maiores nomes na história do gênero. Artista até no nome, Art Spiegelman conseguiu, de forma única, fazer a síntese entre a qualidade plástica e a inteligência literária, com um trabalho de grande lucidez política", diz ele.
Nascido em 1948, em Estocolmo, na Suécia, filho de judeus poloneses refugiados do nazismo, Spiegelman cresceu no Queens, em Nova York, e se formou pela High School of Art and Design de Manhattan. Nos anos 1960 e 1970, se tornou uma importante figura no meio dos quadrinhos underground, colaborando com publicações como "Real Pulp", "Young Lust" e "Bizarre Sex".
Na década seguinte, o desenhista foi um dos fundadores da revista "Raw", espécie de contraponto intelectual à contemporânea "Weirdo", publicação similar, mais "visceral", de seu colega Robert Crumb.


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