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"V" cria intrigas com alienígenas traiçoeiros e teorias de conspiração
Série é estrelada pela atriz brasileira Morena Baccarin que faz a líder dos ETs
CLARICE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se "Guerra nas Estrelas" e
"Star Trek" comprovam que o
espaço, a "fronteira final", é boa
fonte de inspiração para a ficção, também é verdade que, ao
longo dos anos, a galáxia já foi
vítima de abusos das mais esquecíveis produções.
É dessa nebulosa que emerge
"V", refilmagem que estreia hoje na Warner e que começa
quando alienígenas resolvem
dar um pulinho na Terra com
pretextos não muito claros.
Liderados por Ana, a quase
robótica e manipuladora personagem da atriz carioca Morena Baccarin, anunciam que vieram em busca de água e de um
mineral abundante no nosso
planeta. Em troca, oferecem
tecnologias alienígenas.
A chegada desperta a desconfiança de uma agente do FBI
-quase uma versão loira de
Mulder, de "Arquivo X"- vivida por Elizabeth Mitchell, a Juliet, de "Lost" (que, aparentemente, foi para o espaço depois
da explosão na ilha. Ou quase.)
Após descobrir que os visitantes são, na verdade, répteis
humanoides infiltrados há
anos na Terra, ela monta um
grupo de resistência que inclui
um alienígena dissidente, um
padre e um lunático.
Aqui, surge uma característica que está nos capítulos já exibidos nos EUA e na minissérie
original, dos anos 80: mais do
que em viagens intergaláticas
ou tramas futuristas, o centro
de "V" são as teorias de conspiração. (Tanto é que, fora da TV,
já houve quem visse nos tratamentos de saúde oferecido pelos ETs uma crítica a Obama.)
Além disso, a versão original
era também uma metáfora para as sociedades de controle, à
"1984", e uma -autodeclarada- crítica ao nazismo.
Repaginada, "V" está repleta
de traições de ambos os lados, o
que possibilita inúmeras reviravoltas. Mas, apesar de funcionar bem para prender a audiência num primeiro momento, a
fórmula pode gerar novos desafios para os criadores.
Adiar demais a solução do
conflito não parece uma opção
sustentável. Por outro lado, inventar viradas demais pode levar ao mesmo erro que praticamente matou "Heroes".
Apesar das boas-vindas que
recebeu, Ana tem ainda pela
frente uma difícil nação a conquistar: a dos telespectadores.
"V"
Quando: terças, às 22h, na Warner
Classificação: não informada
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