São Paulo, quarta-feira, 06 de abril de 2011

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Grupo de Cuiabá monta "Anjo Negro" folclórico

GUSTAVO FIORATTI
ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA

É raro aparecer na Mostra Contemporânea do Festival de Curitiba um grupo que não seja das regiões Sul e Sudeste do país. Na edição do ano passado, por exemplo, não havia nenhuma participação que não fosse do Rio, de São Paulo ou de Minas.
Neste ano, no entanto, sinais de mudança: além de abrir com o grupo Clowns de Shakespeare, de Natal, o evento recrutou uma companhia de Cuiabá.
Assim, a Cia. Mosaico de Teatro estreia hoje sua versão para "Anjo Negro", de Nelson Rodrigues. É a primeira vez que seus integrantes participam da mostra oficial do evento, depois de algumas incursões pelo Fringe.
Tânia Brandão, uma das curadoras, conta que já conhecia trabalhos anteriores do grupo e que "Anjo Negro" lhe foi apresentada em DVD.
Esse é um método de seleção bastante usado, não só pelo Festival de Curitiba. Grupos de todo o país trabalham com material de apresentação que, em geral, inclui textos sobre a montagem e imagens em foto e vídeo.
Segundo Brandão, para a seleção da programação, a curadoria também foi ao Nordeste e ao Norte para uma pesquisa de campo.
Com direção de Sandro Lucose, que fundou o Mosaico há 16 anos, "Anjo Negro" recria o universo de Nelson Rodrigues sob a luz do folclore.
A história de uma mulher branca que engravida diversas vezes de um homem negro bem-sucedido e que mata todos os seus bebês, é embalada por músicas da cultura popular do país inteiro. O cenário é construído com ferro e panos de chita.

O jornalista GUSTAVO FIORATTI viajou a convite do Festival de Curitiba.


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