São Paulo, terça-feira, 06 de maio de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Do teatro às artes plásticas, festival reúne 15 atrações

Com início hoje, 12ª edição do Cultura Inglesa Festival tem ainda espetáculos de dança e exibição de curtas-metragens

Na área de teatro, evento terá autores raramente encenados no Brasil, como Alan Ayckbourn, da peça "Amigos Ausentes"

DA REPORTAGEM LOCAL

Orçada pela organização em R$ 430 mil, a 12ª edição do Cultura Inglesa Festival apresenta neste ano 15 atrações nas áreas de teatro, dança, artes visuais e curtas-metragens digitais. A abertura ocorre hoje, para convidados, no Centro Brasileiro Britânico (CBB), em Pinheiros, com vernissage de três mostras e exibição de três filmes.
O evento se propõe a incentivar artistas brasileiros em criações inspiradas em colegas britânicos, contemporâneos ou não. Uma comissão escolhe três projetos em cada área.
A instalação "Sobre a Pontualidade e Humor Britânicos, a Lei Áurea Brasileira e a Política Internacional Hoje (Monumento Jean Charles)", de Deyson Gilbert, discute as duas culturas sob aspectos comportamentais, históricos e sociopolíticos.
Na colagem "riverrunreverseflash", Odires Mlászho extrai a matéria-prima de cortes cirurgicamente aplicados sobre as páginas de "Finnegans Wake", do irlandês James Joyce.
Letícia Ramos concebe a videoinstalação "Cronópios" com experimentos do fotógrafo inglês Edward Muybridge sobre a geração e a decomposição do movimento.
Já o teatro pontua autores raramente encenados aqui. Nilton Bicudo dirige "Amigos Ausentes", de Alan Ayckbourn, em que um grupo de pessoas vai consolar o amigo cuja noiva acaba de morrer e se depara com um sujeito muito feliz.
A Cia. do Ator Careca encena "Algumas Vozes", texto do inglês Joe Penhall dirigido por Mônica Granndo. Narra as dificuldades enfrentadas por um jovem esquizofrênico após sair de um sanatório.
O irlandês Tom Murphy escreveu a peça "Trilogia de Alice", dirigida por Carlos Gomes. São três textos curtos que inserem momentos surreais e absurdos no cotidiano banal de uma dona-de-casa.
O cinema digital destaca três curtas-metragens. "Prós e Contras", dirigido por Pedro Struchi, narra uma aposta entre amigos sobre vantagens e desvantagens de um relacionamento. Trata-se de adaptação do conto "That Brute Simmons", de Arthur Morrison.
Outro conto, agora de H.G. Wells, "The Man Who Could Work Miracles", inspira ""Superpoderes", de Katia Kreutz, sobre um rapaz que tem o dom de usar a mente para feitos extraordinários.
"Eu e Crocodilos", de Marcela Arantes, é baseado no poema "On Being Eaten By a Snake", da escritora Susan Wicks. Mistura suspense e lirismo para falar sobre o medo de uma garota ao sentir-se atraída por um rapaz. Na dança, foram selecionados "Beije Minha Alma", com a Cia Fragmento de Dança; "Fragile", interpretado por Maurício de Oliveira, e "Cornélia Boom", por Sheila Arêas.


Texto Anterior: Crítica/"Terminator - The Sarah Connor Chronicles": Menos espetacular, "Exterminador" chega à TV
Próximo Texto: No teatro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.