|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Até guitarra, quem diria, volta a caber na banda
DA REDAÇÃO
"Hail to the Thief" nem
chegou às lojas ainda e
sua história já foi vastamente
contada. Só nesta Folha o disco
já apareceu em notas, colunas,
fotos, capas. E volta aqui hoje.
A celebração noticiosa do
pré-lançamento evidencia a
importância que a banda do esquisito Thom Yorke galgou na
cena pop desde que estreou nela no começo dos 90, quando
fez um apenas ótimo CD de
rock comum, com guitarras estridentes e vocal desesperado.
Em 1997, o Radiohead lançou
a obra-prima "OK Computer"
e desde então a banda caiu dentro de uma vala de experimentalismos e ruídos eletrônicos para andróide ver, fugindo das
guitarras. E a legião de fãs cultuadores da banda só cresceu.
Desde "OK Computer" o pop
fica ouriçado a cada vez que o
grupo vai lançar um disco, na
esperança de o rock "voltar" a
ter destaque no som do Radiohead. E "Hail to the Thief", então, pode ser festejado como o CD que promoveu o retorno
do rock ao Radiohead. Por causa da excelente "There There".
A música tem as esquisitices
experimentais do Radiohead,
mas também solo de guitarra.
Dá até para desconfiar que a
canção foi tocada por uma
banda comum deste planeta,
com guitarra, baixo e bateria.
Se você pecaminosamente desconsiderar as 13 faixas restantes, "There There" -em que Thom Yorke canta: "O fato de
você estar sentindo algo não
significa que ele exista"- vale
sozinha o preço do álbum.
(LÚCIO RIBEIRO)
Hail to the Thief
Artista: Radiohead
Lançamento: EMI
Quanto: R$ 33, em média
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: biblioteca Folha: Coleção traz grandes acontecimentos que marcaram século 20 Índice
|