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Pinheiro Guimarães é o vencedor do Juca Pato
Secretário-geral do Itamaraty receberá troféu de Intelectual do Ano de 2006
Prêmio, que contempla candidato único, refere-se ao livro "Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes", que o embaixador lançou em 2006
DA REPORTAGEM LOCAL
A União Brasileira de Escritores anunciou ontem que o
embaixador Samuel Pinheiro
Guimarães, secretário-geral do
Itamaraty, é o vencedor do troféu Juca Pato de Intelectual do
Ano de 2006. Já em sua 43ª edição, o prêmio tem patrocínio da
Folha. O embaixador era candidato único e receberá o troféu no segundo semestre, em
data que será posteriormente
divulgada pela UBE.
O prêmio refere-se à obra
"Desafios Brasileiros na Era
dos Gigantes", que Pinheiro
Guimarães lançou no ano passado, pela Contraponto Editora. Sua inscrição foi assinada
por mais de 30 membros da
UBE, entre eles Lygia Fagundes Telles, Anna Maria Martins, Milton Godoy Campos e
Audálio Dantas.
Segundo comunicado da
UBE, o livro de Pinheiro Guimarães "cuida do trabalho da
integração da América do Sul,
especialmente do regime de
trocas e de relações simétricas
entre o Brasil e a Argentina, a
fim de se robustecerem nas negociações globais. Desenvolve
importante argumentação
acerca da Amazônia e das disputas que se armam em torno
de sua riqueza mineral, vegetal,
hídrica e de biodiversidade".
O embaixador está em viagem oficial ao Panamá e não
pôde falar com a reportagem.
Trajetória
Nascido em 1939, Pinheiro
Guimarães é mestre em economia pela Universidade de Boston, foi professor da Universidade de Brasília, do Instituto
Rio Branco, da Escola de Políticas Públicas e Governo e da
Universidade do Estado do Rio
de Janeiro.
O embaixador também foi
Chefe do Departamento Econômico do Itamaraty e Diretor
do Instituto de Pesquisa e Relações Internacionais (IPRI).
Desde 2003 é secretário-geral
das Relações Exteriores. Dele, a
Contraponto Editora também
lançou "Quinhentos Anos de
Periferia".
Polêmicas
Ao longo de sua carreira diplomática, Pinheiro Guimarães
já esteve envolvido em algumas
polêmicas. No governo João Figueiredo (1979-1985), quando
era vice-presidente da estatal
Embrafilme, deixou o cargo depois de uma crise gerada pelo
filme "Pra Frente Brasil"
(1982), de Roberto Farias, que
fazia críticas à ditadura militar.
Durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, criticou a Alca (Área de
Livre Comércio das Américas)
e acabou sendo exonerado da
direção do IPRI. Mais recentemente, o embaixador criou no
Itamaraty uma controversa lista de livros que deveriam ser lidos pelos diplomatas. A imposição foi criticada pelo ex-embaixador em Washington Roberto Abdenur, e a prática foi
abolida pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
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