São Paulo, quarta-feira, 06 de julho de 2011

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CRÍTICA ROCK

Danger Mouse reinventa sons sensuais do cinema italiano dos anos 60 e 70

ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

Como é bom ser rico, talentoso e ter a liberdade criativa de fazer o que vem à cabeça.
Se você é Brian Joseph Burton, o homem mais conhecido por Danger Mouse (Gnarls Barkley, Broken Bells) e produtor preferido de Gorillaz, Beck, Black Keys e U2, isso significa ter a liberdade de gravar um disco celebrando as trilhas do cinema italiano dos anos 60 e 70. O resultado é um dos melhores CDs dos últimos anos: "Rome", uma parceria com o compositor italiano Danielle Luppi, um obcecado pelos sons atmosféricos e sensuais de Ennio Morricone, Nino Rota e Nicola Piovani.
"Rome" é uma trilha sonora para um filme que não existe. Gravado durante mais de cinco anos na Itália, usando os mesmos estúdios e músicos que trabalharam com Morricone e Rota, "Rome" é um triunfo de reinvenção, que consegue recriar um tipo de som sem parecer nostálgico ou retrô.
Mesmo quem não é familiarizado com esse estilo vai gostar do tom suave e lúdico do disco, que tem um pé no pop europeu dos anos 60.
Como sempre acontece com Danger Mouse, todo mundo faz fila para participar. Aqui, Jack White e Norah Jones emprestam suas vozes e credibilidade ao projeto.
"Rome" prova que o "revival" da música italiana é uma realidade. Depois que Mike Patton (ex-Faith No More) lançou seu tributo à música romântica italiana ("Mondo Cane") e Faris Badwan, do Horrors, fez um projeto com pé na música atmosférica do cinema de Dario Argento, a Itália é mesmo a bola da vez.

ROME

ARTISTAS Danger Mouse e Danielle Luppi
GRAVADORA Capitol
QUANTO R$ 61,60 (importado)
AVALIAÇÃO ótimo


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