Mostra tem 37 filmes silenciosos e inclui produções do Brasil

JULIANA VAZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Muito antes de Bergman, o cinema da Suécia já havia conhecido sua idade de ouro. É a esses anos em que os rostos compensavam a ausência de diálogos que a 4ª Jornada de Cinema Silencioso presta homenagem, de hoje até o dia 15.
Além de nomes grandes como Victor Sjöström (1879-1960), que já teve retrospectiva na Mostra de SP em 2005, o ciclo traz diretores menos conhecidos como Georg af Klercker e Gustav Molander.
"Selecionei um programa que cobre o período entre 1912 e 1925, que explicasse por que o cinema sueco era tão famoso na época", conta o curador do arquivo da Cinemateca Sueca, Jon Wengström, que trouxe cópias em 35 mm recém-restauradas.
Pelo menos uma das sessões de cada filme terá trilha musical ao vivo, com curadoria de Livio Tragtenberg. "A Feitiçaria através dos Tempos" (1922), de Benjamin Christensen, terá sessão no Ibirapuera, no dia 13.
Haverá ainda outros seis blocos temáticos, um deles dedicado ao cinema norte-americano. Do Brasil, o destaque é "Lábios sem Beijo", de Humberto Mauro.