da Reportagem Local

Leia a seguir a entrevista de Milton Nascimento com Rita Lee.

Milton Nascimento - A que você atribui aquela harmonia e energia que rolaram conosco?
Rita Lee - Foi um estranhamento geral quando votei em você como convidado no meu acústico, afinal nunca tínhamos trabalhado juntos antes. Tudo começou com um sonho onde Elis segurava nossas mãos e ria muito, parece que ela já sabia que um encontro nosso seria ducacête... Falar com Deus a gente fala, mas cantar com Ele foi um prazer que só você me deu.
Nascimento - Qual é o segredo de tanta jovialidade, vitalidade e delícia que brotam de você, que deixa todo mundo louco?
Lee - Trabalhar com música e ainda sobreviver dela é um grande privilégio, geralmente, quando a gente faz o que gosta, transparece a alegria de estar vivo. Veja só, depois de 30 anos de estrada, eis que encontro Milton Nascimento e saímos os dois dançando nos bailes da vida, quer mais delícia que isso?
Nascimento - Como é que pode de repente aparecer aquela coisinha tão bonita que chamam de Bituca, para meu orgulho?
Lee - Pois é, Bitucas são fundamentais! Beto, o meu Bituquinha, ficou encantado com a sua presença tão iluminada e carinhosa com todos nós, agora toma que o filho também é teu!
Nascimento - Se você tivesse que escolher neste momento uma parceria musical, para gravar ou compor, quem seriam os felizardos?
Lee - Bem, tem um rapaz mineiro muito elegante por quem meu coração ora palpita... na madrugada pós-acústico, ainda com a alma arrebatada, psicografei umas frases soltas e tive a cara de pau de pedir para meu amiguinho Guga Stroeter entregar ao tal rapaz mineiro, talvez os deuses dos tambores anunciem alguma parceria para breve. A felizarda serei eu!



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