São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2008

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DANIEL CASTRO - dcastro@folhasp.com.br

Caco Galhardo


Jovens ignoram apelo de novela "surfista"

Lançada há três semanas com imagens de surfe captadas na Indonésia, "Três Irmãs" era a aposta da Globo para tentar recuperar o público jovem que trocou a novela das sete por internet e DVD. Hoje, a emissora repete a tentativa com "Negócio da China", estréia das 18h.
Com "Três Irmãs", a cartada falhou. A novela só atraiu mais público jovem no capítulo de estréia, que marcou 33 pontos no Ibope da Grande São Paulo. Aparentemente, crianças e adolescentes não se entusiasmaram com o que viram.
A audiência média da novela já caiu para 28 pontos. No capítulo de estréia, de cada cem telespectadores, 12 tinham de 4 a 11 anos. Esse número já caiu para 9 na média até a última quinta. Em "Cobras e Lagartos" (2006), último grande sucesso do horário, de cada cem telespectadores, 13 eram crianças.
A participação do público de 12 a 17 anos e de 18 a 24 está entre 8% e 9% (de cada cem telespectadores, 8 a 9 estão nessas faixas de idade). Em "Cobras e Lagartos", era de 10%.
Em contrapartida, a participação do público com mais de 50 anos aumentou. Há dois anos, 28% dos telespectadores da novela das sete tinham mais de 50 anos. Atualmente, são 37%. Isso não quer dizer mais gente idosa na frente da TV. Como a audiência absoluta do horário e a participação de jovens caíram, o que houve foi uma fuga de gente com menos de 24 da frente do televisor.

TSUNAMI 1
A cúpula da Globo ficou um tanto paralisada na semana passada com a crise no mercado financeiro global. Buscou a opinião de especialistas, como o ex-ministro Maílson da Nóbrega. E adiou decisões não urgentes, como a renovação do contrato de Fausto Silva, que só vence no final de 2009.

TSUNAMI 2
A disparada do dólar é especialmente preocupante para a Globo. Em junho, a empresa devia US$ 665 milhões.

GUERRA DAS VICE
O SBT continua festejando a vice-liderança no Ibope nacional. Em setembro, bateu a Record por 5,5 a 5,4 pontos na média das 24h. Mas na média que realmente importa para o mercado, das 7h à 0h, a Record ganhou (6,8 a 6,6).

CHAPÉU 1
Via COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Mário Vázquez Raña, presidente da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), diz que leu "com surpresa" notícia aqui publicada na última quinta, de que disputa política entre ele e Carlos Arthur Nuzman (presidente do COB) prejudicou a Globo e favoreceu a Record na compra dos direitos do Pan de 2011.

CHAPÉU 2
Raña afirma que "existem excelentes relações de colaboração" entre COB e Odepa.

CHAPÉU 3
Na Globo, a pergunta que não quer calar é: se Odepa e COB têm excelentes relações, por que a emissora, que tem relações mais do que excelentes com o COB, foi a última a saber que a Record comprou o Pan?



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