São Paulo, sexta-feira, 06 de novembro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Jerry Lewis se desprende do nexo e reúne gags

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Como Jerry Lewis sempre fez o papel do bobo da história, todo mundo de certa forma achava que ele era meio bocó, que nem seu personagem, o garotão eterno.
Daí a surpresa que foi "O Mensageiro Trapalhão" (TC Cult, 16h10; livre). No prólogo, alguém anuncia que este é um filme sem pé nem cabeça. Foi a solução que Jerry inventou para a produção engolir o filme.
O estúdio achava que aquilo não fazia sentido. Era uma sequência de gags em torno de um mensageiro de hotel. Não havia propriamente uma história, o que era obrigatório naquela época.
Breve, Jerry já começou na vanguarda. Não porque não soubesse o que fazer num set. Sabia muito bem. Mas já começava aqui a desenvolver seu gosto por personagens múltiplos, pelo descompromisso com a famosa "coerência psicológica do personagem".
A propósito: no Canal Brasil, 0h45, hoje é dia de filme francês: "Hiroshima Meu Amor" (não indicado a menores de 14 anos), uma história de amor impossível de Alain Resnais.


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