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"BBB" reduz chance dos mais pobres
Sétima edição do programa, que estréia na terça, só inclui participantes escolhidos por vídeo, e não por cartas ou ligações telefônicas
Para Pedro Bial, "havia uma vontade de fazer justiça social por meio de um programa de TV, e o nosso compromisso é divertir"
MARCELO BARTOLOMEI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
O que era considerado uma
democratização na escolha de
participantes do "reality show"
"Big Brother" acabou. Na sétima edição, que começa nesta
terça-feira, dia 9, na Globo, não
há escolhidos por meio de cartas ou ligações telefônicas.
Todos os 16 concorrentes foram selecionados entre 50 mil
vídeos enviados à produção. Sabem desde o dia 1º que participarão da atração e estão confinados num hotel no Rio desde a
última quarta -à exceção de
uma participante, substituída
por aparecer atualmente no
SBT ao lado de Silvio Santos.
De acordo com o apresentador Pedro Bial e o diretor-geral
J.B. de Oliveira, o Boninho, a
medida visa eliminar uma possível vantagem na disputa ao
prêmio de R$ 1 milhão para
aqueles que normalmente são
de uma classe social mais baixa,
o que gerava, segundo eles, uma
espécie de "apartheid social"
entre os participantes.
"Havia uma vontade de fazer
justiça social por meio de um
programa de TV, e o nosso
compromisso é divertir, entreter", disse Bial a um grupo de
jornalistas convidados a entrar
na casa, na quinta passada, para
experimentar a sensação de viver dentro do "Big Brother".
"Assim que aquelas duas pessoas entravam na casa, elas
eram identificadas como pobrezinhas. Não era bem assim.
No último "BBB", a mais pobre
era a Léa [a motogirl paulistana], que saiu com uma mão na
frente e a outra atrás. E o Agustinho, identificado como pobre,
era mais de classe média baixa."
O sorteio de participantes,
criado no Brasil, foi um exemplo para outras produções do
"reality show" no mundo. Adotado por aqui na quarta edição
do programa, o modelo logo seria copiado na Inglaterra, onde
cupons foram distribuídos em
barras de chocolate.
"Acho que as pessoas têm de
vencer pela história que constroem dentro do jogo. Fica mais
emocionante. A convivência e o
que acontecerá dentro da casa
irão decidir", afirmou Bial.
Eliminação dupla
"Teremos surpresas que, já
de cara, farão o programa começar emocionante. Foi uma
característica do "BBB 5", que,
logo na primeira semana, bombou por conta do homossexualismo do Jean [Willys, que viria
a vencer]", disse o jornalista.
A produção não quis contar
como será a mecânica, mas a
Folha apurou que a atração começará com a eliminação de
dois participantes, que nem terão tempo de conhecer a casa,
reconstruída após uma chuva
que a inundou no ano passado.
São 16 participantes para 12
semanas de "reality show",
conta que só fecha com a eliminação dupla inicial. Deles, 11 serão eliminados a cada semana,
e três ficarão para a final.
A nova casa foi construída no
mesmo local da antiga, no Projac, sobre planta semelhante.
Os quartos, decorados com temas, foram apelidados pela
produção de "2 Filhos de Francisco", por ter as paredes de pau
a pique; "TV Colosso", com camas cobertas por capas de cães
e gatos; e "Excalibur", com decoração medieval.
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