São Paulo, domingo, 07 de janeiro de 2007

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"BBB" reduz chance dos mais pobres

Sétima edição do programa, que estréia na terça, só inclui participantes escolhidos por vídeo, e não por cartas ou ligações telefônicas

Para Pedro Bial, "havia uma vontade de fazer justiça social por meio de um programa de TV, e o nosso compromisso é divertir"

MARCELO BARTOLOMEI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O que era considerado uma democratização na escolha de participantes do "reality show" "Big Brother" acabou. Na sétima edição, que começa nesta terça-feira, dia 9, na Globo, não há escolhidos por meio de cartas ou ligações telefônicas.
Todos os 16 concorrentes foram selecionados entre 50 mil vídeos enviados à produção. Sabem desde o dia 1º que participarão da atração e estão confinados num hotel no Rio desde a última quarta -à exceção de uma participante, substituída por aparecer atualmente no SBT ao lado de Silvio Santos.
De acordo com o apresentador Pedro Bial e o diretor-geral J.B. de Oliveira, o Boninho, a medida visa eliminar uma possível vantagem na disputa ao prêmio de R$ 1 milhão para aqueles que normalmente são de uma classe social mais baixa, o que gerava, segundo eles, uma espécie de "apartheid social" entre os participantes.
"Havia uma vontade de fazer justiça social por meio de um programa de TV, e o nosso compromisso é divertir, entreter", disse Bial a um grupo de jornalistas convidados a entrar na casa, na quinta passada, para experimentar a sensação de viver dentro do "Big Brother".
"Assim que aquelas duas pessoas entravam na casa, elas eram identificadas como pobrezinhas. Não era bem assim. No último "BBB", a mais pobre era a Léa [a motogirl paulistana], que saiu com uma mão na frente e a outra atrás. E o Agustinho, identificado como pobre, era mais de classe média baixa."
O sorteio de participantes, criado no Brasil, foi um exemplo para outras produções do "reality show" no mundo. Adotado por aqui na quarta edição do programa, o modelo logo seria copiado na Inglaterra, onde cupons foram distribuídos em barras de chocolate.
"Acho que as pessoas têm de vencer pela história que constroem dentro do jogo. Fica mais emocionante. A convivência e o que acontecerá dentro da casa irão decidir", afirmou Bial.

Eliminação dupla
"Teremos surpresas que, já de cara, farão o programa começar emocionante. Foi uma característica do "BBB 5", que, logo na primeira semana, bombou por conta do homossexualismo do Jean [Willys, que viria a vencer]", disse o jornalista.
A produção não quis contar como será a mecânica, mas a Folha apurou que a atração começará com a eliminação de dois participantes, que nem terão tempo de conhecer a casa, reconstruída após uma chuva que a inundou no ano passado.
São 16 participantes para 12 semanas de "reality show", conta que só fecha com a eliminação dupla inicial. Deles, 11 serão eliminados a cada semana, e três ficarão para a final.
A nova casa foi construída no mesmo local da antiga, no Projac, sobre planta semelhante. Os quartos, decorados com temas, foram apelidados pela produção de "2 Filhos de Francisco", por ter as paredes de pau a pique; "TV Colosso", com camas cobertas por capas de cães e gatos; e "Excalibur", com decoração medieval.


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