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"Teve o estímulo da artista e do seu "staff" de marketing"
DA REPORTAGEM LOCAL
Surgiu num jantar entre o
presidente da Estrela, a fabricante de brinquedos, e a artista
Sônia Menna Barreto a ideia de
lançar um jogo que simulasse
as vendas no mercado de arte.
"A gente queria mostrar que
a negociação, o leilão das obras,
não é uma coisa tão assustadora assim", conta Aires Fernandes, diretor de marketing da
marca. "O Brasil começa a ter
corpo nesse negócio, e a gente
percebeu que isso poderia ser
interessante para um jogo."
E esse não é o primeiro deles.
A mesma marca havia lançado
nos anos 80 outro jogo, chamado Leilão de Arte, um pouco
mais complexo do que o lançamento atual, com obras conhecidas de artistas consagrados.
Mercado de Arte, o novo jogo, simplifica os mecanismos e
usa só obras de Menna Barreto.
"Teve o estímulo da artista e do
seu "staff" de marketing", diz
Fernandes. "Ela tem uma obra
vasta, que poderia compor as
ferramentas do jogo."
"Briefing"
Menna Barreto, aliás, está
acostumada com essa mistura
de arte e marketing. "Faço
obras mais voltadas para empresas", conta a artista. "A empresa me passa um "briefing" da
sua história e eu faço a obra."
Mas, no circuito mais artístico, fora das tentativas de "agregar valor", Menna Barreto é
quase desconhecida. Nenhum
dos galeristas, curadores ou artistas que disputaram a partida
do jogo sabia quem era.
Embora não tenham ainda
números de como vão as vendas de Mercado de Arte, ninguém da Estrela parece se
preocupar muito com questões
artísticas. "Desejamos que
crianças, adultos de várias faixas etárias e graus de conhecimento sejam nivelados pela
sorte", diz Fernandes. "A pretensão do jogo é gerar momentos de entretenimento."
(SM)
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