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A VANGUARDA
Engajamento deu fôlego a artistas ligados à escola
DE PARIS
O surrealismo é o mais vigoroso dos movimentos de
vanguarda. Seu dispositivo
teórico, sua organização militante e seus engajamentos
políticos (com o comunismo) fizeram com que ele dominasse boa parte do século
20, desde que foi lançado o
primeiro número da revista
"A Revolução Surrealista",
em 1924.
As vanguardas artísticas
começaram a surgir no início do século, manifestando
a crise dos valores tradicionais europeus. Os desastres
da Primeira Guerra Mundial
acentuaram as rupturas. O
dadaísmo, movimento anterior ao surrealismo, propunha a destruição incondicional e niilista da civilização.
O surrealismo herdou dos
dadaístas a verve rebelde e
uma série de atitudes artísticas, mas numa disposição
positiva, de expectativa de
transformação do mundo.
André Breton, que estudou psiquiatria e Freud, se
baseou na teoria psicanalítica para formular os princípios do surrealismo. A irrupção do inconsciente na
cultura propiciaria a contestação da racionalidade e da
moral, como também a revolução da vida, graças à
emancipação das forças do
imaginário e do desejo.
Por conta desta idéia, o
movimento oficializou vários métodos de criação artística, como a associação livre (as relações entre as coisas não dependem da lógica)
e a escrita automática (o autor redige instantaneamente, sem organizar o pensamento), características de
seu estilo.
(ALN)
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