São Paulo, quinta-feira, 07 de março de 2002

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A VANGUARDA

Engajamento deu fôlego a artistas ligados à escola

DE PARIS

O surrealismo é o mais vigoroso dos movimentos de vanguarda. Seu dispositivo teórico, sua organização militante e seus engajamentos políticos (com o comunismo) fizeram com que ele dominasse boa parte do século 20, desde que foi lançado o primeiro número da revista "A Revolução Surrealista", em 1924.
As vanguardas artísticas começaram a surgir no início do século, manifestando a crise dos valores tradicionais europeus. Os desastres da Primeira Guerra Mundial acentuaram as rupturas. O dadaísmo, movimento anterior ao surrealismo, propunha a destruição incondicional e niilista da civilização.
O surrealismo herdou dos dadaístas a verve rebelde e uma série de atitudes artísticas, mas numa disposição positiva, de expectativa de transformação do mundo.
André Breton, que estudou psiquiatria e Freud, se baseou na teoria psicanalítica para formular os princípios do surrealismo. A irrupção do inconsciente na cultura propiciaria a contestação da racionalidade e da moral, como também a revolução da vida, graças à emancipação das forças do imaginário e do desejo.
Por conta desta idéia, o movimento oficializou vários métodos de criação artística, como a associação livre (as relações entre as coisas não dependem da lógica) e a escrita automática (o autor redige instantaneamente, sem organizar o pensamento), características de seu estilo. (ALN)



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