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"O conceito de diva caducou", diz Zeta-Jones
TETÉ RIBEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A atriz Catherine Zeta-Jones, 33, que fez musicais em
Londres desde a adolescência, abre o filme "Chicago"
cantando e dançando "All
That Jazz". A música fez tanto sucesso que virou o título
da cine-biografia do criador
da peça "Chicago", o dramaturgo Bob Fosse (1927-1987).
Foi ensaiando essa música
que Zeta-Jones se preparou
para encarnar a cantora de
cabaré Velma Kelly no filme
de Rob Marshall, papel que
lhe garantiu indicação ao
Oscar de atriz coadjuvante
-apenas um dos 13 a que o
filme concorre, incluindo os
de melhor filme, direção e
atriz para Renée Zellwegger.
"É naquele número que
Velma mostra quem ela é,
do que é capaz. Então me dediquei a cantar e dançar a
música sem parar, na frente
do espelho", diz. "Acabei incorporando um quê de Velma Kelly no dia-a-dia, brincava de ser a personagem
nas horas vagas. No começo,
meu marido se divertia, mas,
no final, ele não aguentava
mais (risos)", conta, se referindo ao ator e produtor Michael Douglas, com quem
tem um filho, Dylan, e de
quem está esperando um segundo, que deve nascer até o
meio do ano.
A atriz, a única entre os
protagonistas que não foi
premiada com um Globo de
Ouro -Zellwegger levou o
prêmio de melhor atriz de
comédia e musical-, disse
que ficou muito feliz pelos
colegas. "Sei que tenho fama
de diva, de difícil, mas isso é
uma injustiça. Sempre fico
amiga das minhas companheiras de trabalho."
"Hollywood não tem mais
divas como antigamente",
argumenta Zeta-Jones. "É
muito caro ficar esperando
duas horas, pagando centenas de profissionais que trabalham por hora, até uma
atriz decidir aparecer no set.
Esse conceito caducou", diz
ela, categórica.
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