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Outro Canal
por ANDRÉIA MICHAEL andrea.michael@grupofolha.com.br
Estrelas "culpadas" fazem os bastidores da televisão
"Nosso desafio, como diz
Clarice Lispector, é conseguir
viver cada coisa de uma vez,
mas todas de uma só vez, sem
sentir culpa." Assim, Cristianne Fridman, 48, autora de tramas como "Chamas da Vida"
(2009), na Record, define um
drama comum às mulheres.
Em carreiras e histórias diferentes, essa foi uma dificuldade
enfrentada também por Leonor, Emilia, Mônica e Fernanda, que não estão no vídeo, mas
dão vida à televisão.
"Por uma herança cultural e
religiosa, a mulher já nasce com
uma culpa histórica e com o
chip da ansiedade", diagnostica
Leonor Corrêa, 47, diretora do
programa "Eliana", no SBT. Ao
menos uma vez, ela conheceu o
preconceito: ao assumir um
cargo de chefia. "Ainda bem
que tive oportunidade de mudar de emprego."
A culpa foi uma das maiores
dificuldades nos 14 anos de
Globo da figurinista Emilia
Duncan, 51. "Minhas filhas
cresceram quando eu estava
consolidando a carreira, sobrava menos tempo para a família.
Essa é uma equação que minha
geração não resolveu", diz a
profissional, responsável pelo
figurino da premiada "Caminho das Índias" (2009).
Mas se o sentimento de culpa
nasce da necessidade de se dividir, esta também gera forças.
Para Fernanda Ortiz, 36, diretora do "Dia Dia" e do "VídeoNews" vespertino, na Band, a
maternidade ajudou. "Hoje, vejo o mundo por outro prisma.
Penso como mãe, o que enriqueceu o modo como faço TV."
Filosofia similar orienta Mônica Pimentel, 44, superintendente artística da Rede TV!,
que se considera "sortuda" porque suas duas grandes promoções coincidiram com a volta
das licenças-maternidade. "Nenhum sucesso profissional
compensa o fracasso pessoal, por isso é importante correr atrás de realização em todas as áreas da vida", afirma.
IMPRENSA MARROM
João Miguel Jr./TV Globo
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"Minha função é tornar o escândalo possível. Esqueça moral e bom gosto." Eis Alberta, editora da revista "A Vida Alheia", personagem de Claudia Jimenez na série homônima da Globo que estreia em breve. No texto de Miguel Falabella, ela choca a dona da revista, Catarina (Marília Pêra), mas não a repórter Manuela (Danielle Winits), que a admira. "Vamos contar com humor histórias da imprensa marrom." Exemplo: "Descobrimos que a mulher de um banqueiro engravidou de um galã. Com um anúncio, vira "banqueiro mostra sua casa"."
DANÇA GATINHO
Antonio Chahestian/TV Record
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É só acontecer um beijo no quadro
"Vai Dar Namoro" para começar um
dos momentos mais famosos do "Melhor do Brasil" (Record): as cômicas
danças de Rodrigo Faro, que completam
seis meses neste final de semana. Quando o DJ toca o bordão "Dança gatinho",
que anuncia as "apresentações", a média de audiência salta dos nove para 15
pontos (900 mil domicílios na Grande
SP). Um hit, Beyoncé (foto), virou febre
no YouTube. "No blog, há 39 mil sugestões na fila. Uma das mais pedidas é a
Lady Gaga", diz. Ideias não vão faltar.
com CLARICE CARDOSO
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