São Paulo, segunda-feira, 07 de março de 2011

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Asturias foi "primeiro amor" do acadêmico

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MONTEVIDÉU (URUGUAI)

Desde os anos 1970, Mario Vargas Llosa é personagem indissociável da carreira de Martin. Mas, em termos mais amplos, a idiossincrasia latino-americana e sua expressão cultural foram o que sempre atraiu o acadêmico.
Nascido em uma família humilde de origem irlandesa, galesa e escocesa, o inglês disse haver percebido desde sempre os dissabores da pobreza e se interessado pelos ideais da Revolução Cubana.
Os desafios políticos da América Latina -e o fascínio romântico que nutria pela região desde a infância e a adolescência, povoadas de leituras sobre um universo fantástico- terminaram por convencê-lo a mergulhar na literatura do continente.
Miguel Ángel Asturias (1899-1974) foi "o primeiro amor" de Martin, materializado em estudos críticos da obra do guatemalteco, vencedor do Nobel de 1967.
Em seguida, Vargas Llosa passou a ocupar papel central em suas aulas e pesquisas. E, em "Journeys through the Labyrinth: Latin American Fiction in the Twentieth Century" (viagens pelo labirinto: a ficção latino-americana no século 20), de 1989, ofereceu um arrazoado particular da literatura da região.
Em 2010, foi publicado no Brasil "Gabriel García Márquez - Uma Vida" (Ediouro, 832 págs., R$ 89,90).
Entre os próximos projetos está atualizar "Journeys" -ao qual o chileno Roberto Bolaño (1953-2003) será incorporado com destaque- e se dedicar a materiais de mais rápida execução.
A biografia de Vargas Llosa, diz Martin, será seu "canto do cisne" em relação a empreitadas monumentais. "Tenho muito trabalho, mas já não tenho 20 anos."


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