São Paulo, sexta-feira, 07 de abril de 2006

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"Ginga", longa "adversário" estréia no dia 21

DA REPORTAGEM LOCAL

"Boleiros 2" tem pela frente um adversário que é o seu exato oposto. Daqui a duas semanas estréia "Ginga".
Documentário produzido pela O2, de Fernando Meirelles ("Cidade de Deus"), e pela Nike, é um filme sob medida para traduzir um Brasil exuberante no futebol, na música, na dança, no pendor à religiosidade.
Os diretores Hank Levine, Marcelo Machado e Tocha Alves acompanham a trajetória de dez boleiros (e boleiras) de diversas estirpes e quadrantes do país.
Da favela da Rocinha, onde o candidato a craque Romarinho tenta ingressar no Flamengo, a Paricatuba, na Amazônia, o filme alinhava a prática do "esporte nacional" a partir da tese do jornalista e escritor Ruy Castro:
"O grande segredo do Brasil para dominar o futebol mundial não é segredo algum. Os jogadores brasileiros têm ginga -uma bossa especial para driblar, passar e marcar gols, como se o adversário não existisse."
À parte os carismáticos jogadores anônimos que enfoca, "Ginga" reserva para o final um gol de placa: imagens de Robinho jogando futebol de salão aos oito anos de idade, quando ainda era o "Robson, camisa 10".
Em seguida, o craque santista (até então) bate bola com Falcão, astro do Futsal. Golpe certeiro em aficionados de qualquer camisa.
A Fifa também se aproveita do aquecimento da torcida para a Copa 2006 e lança o DVD "Fifa - O Melhor do Século", comemorativo aos cem anos da entidade que, como lembra seu presidente, Joseph Blatter, "tem mais membros do que a ONU".
De tom institucional e anódino, o DVD se assemelha a uma peça de museu.


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