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"Ginga", longa "adversário" estréia no dia 21
DA REPORTAGEM LOCAL
"Boleiros 2" tem pela frente um adversário que é o seu
exato oposto. Daqui a duas
semanas estréia "Ginga".
Documentário produzido
pela O2, de Fernando Meirelles ("Cidade de Deus"), e
pela Nike, é um filme sob
medida para traduzir um
Brasil exuberante no futebol,
na música, na dança, no
pendor à religiosidade.
Os diretores Hank Levine,
Marcelo Machado e Tocha
Alves acompanham a trajetória de dez boleiros (e boleiras) de diversas estirpes e
quadrantes do país.
Da favela da Rocinha, onde o candidato a craque Romarinho tenta ingressar no
Flamengo, a Paricatuba, na
Amazônia, o filme alinhava
a prática do "esporte nacional" a partir da tese do jornalista e escritor Ruy Castro:
"O grande segredo do Brasil para dominar o futebol
mundial não é segredo algum. Os jogadores brasileiros têm ginga -uma bossa
especial para driblar, passar
e marcar gols, como se o adversário não existisse."
À parte os carismáticos jogadores anônimos que enfoca, "Ginga" reserva para o final um gol de placa: imagens
de Robinho jogando futebol
de salão aos oito anos de idade, quando ainda era o
"Robson, camisa 10".
Em seguida, o craque santista (até então) bate bola
com Falcão, astro do Futsal.
Golpe certeiro em aficionados de qualquer camisa.
A Fifa também se aproveita do aquecimento da torcida para a Copa 2006 e lança o
DVD "Fifa - O Melhor do Século", comemorativo aos
cem anos da entidade que,
como lembra seu presidente,
Joseph Blatter, "tem mais
membros do que a ONU".
De tom institucional e
anódino, o DVD se assemelha a uma peça de museu.
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