São Paulo, quarta-feira, 07 de abril de 2010

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Crítica

Polanski faz passeio pelo território da perversidade

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Se há uma coisa que nunca faltou a Roman Polanski foi humor. Será que isso vem de Alfred Hitchcock?
Em todo caso, "Lua de Fel" (TC Cult, 22h; 12 anos) tem um bocado de Hitchcock. E um bocado de Polanski também.
Porque a ideia de colocar dois casais com determinadas características num navio é bem polanskiana.
Temos ali Peter Coyote, o marido paralítico de Emmanuelle Seigner, belíssima. Temos também Hugh Grant, casado com a elegante Kristin Scott-Thomas, mas apaixonado pela outra, por Seigner e, por conta dessa paixão, forçado a ouvir relatos circunstanciados das relações muito eróticas dela com o marido (narradas pelo marido).
A perversidade é um território em que Polanski pisa com desenvoltura. A do estranho das coisas também.
Talvez "Lua de Fel" não chegue a se realizar de todo nesses setores, mas ninguém se engane: o que está lá é mais do que suficiente para encantar qualquer um que realmente goste de cinema.


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