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FILMES
TV ABERTA
O melhor James Bond enfrenta o ladrão de ouro
Animal
Globo, 13h05.
(The Animal). EUA, 2001, 84 min.
Direção: Luke Greenfield. Com Rob
Schneider. Graças a um acidente e, como
decorrência, a um transplante de órgãos
de animais, funcionário fracote da polícia
vira um supertira.
Romeu e Julieta
Record, 20h30.
(Romeo + Juliet). EUA, 1996, 120 min.
Direção: Baz Luhrmann. Com Leonardo
DiCaprio, Claire Danes. De Verona, a ação
da peça de Shakespeare sobre o amor
proibido de dois adolescentes se desloca
para uma certa Verona Beach. É o
prenúncio da tragédia.
Assassinos
SBT, 21h.
(Assassins). EUA, 1995, 132 min. Direção:
Richard Donner. Com Sylvester Stallone.
Disposto a se aposentar, o matador
Stallone topa uma última e bem paga
empreitada: eliminar uma pirata
eletrônica. Há dois problemas. O
primeiro é um outro matador no pedaço.
O segundo é que ele se apaixona pela
garota.
Força Vermelha
Globo, 23h40.
(Cover-Up). EUA,1991, 89 min. Direção:
Manny Coto. Com Dolph Lundgren. O
jornalista Dolph vai a Israel cobrir ataque
a instalação militar americana naquele
país. Breve, ele estará envolvido em uma
aventura de espionagem.
A Última Palavra
Bandeirantes, 1h.
(The Last Word). EUA, 1995, 94 min.
Direção: Tony Spiridakis. Com Timothy
Hutton. Jornalista escreve livro sobre a
Máfia que faz inesperado sucesso e
chama a atenção, inclusive, dos chefões
de Hollywood. Para sua desgraça,
também chama a atenção dos chefões
da Máfia.
As Quatro Plumas
Globo, 1h20.
(The Four Feathers). EUA, 2001, 131 min.
Direção: Shekar Kapur. Com Heath
Ledger. As quatro plumas a que se refere
o título são as que recebe o tenente
Harry, que, convocado a lutar no Sudão,
teme por seu destino e renuncia. As
plumas, signo de covardia, lhe são
endereçadas pela noiva, entre outros.
Redimir-se será seu problema. Aventura
colonial que retoma o clássico de 1939,
pelo indiano Kapur.
007 contra Goldfinger
SBT, 2h.
(Goldfinger). Inglaterra, 1964, 117 min.
Direção: Guy Hamilton. Com Sean
Connery, Honor Blackman, Gert Fröbe.
Goldfinger não quer pouco: invadir Fort
Knox e roubar todas as barras de ouro
das reservas dos EUA. Connery, o melhor
Bond, lutará contra as infinitas infâmias
do vilão.
Fuga de Nova York
Globo, 3h35.
(Escape from New York). EUA, 1981, 99
min. Direção: John Carpenter. Com Kurt
Russell. Em 1997, o avião em que viaja o
presidente dos EUA cai em Manhattan,
Nova York (então transformada em uma
imensa prisão), após sofrer atentado. O
prisioneiro Kur Russell tem 24 horas para
resgatá-lo, ao fim das quais ele próprio
explodirá. Não é uma história
especialmente interessante. Vale a mão
firme de Carpenter.
Uma Família às Avessas
SBT, 4h.
(Big Girls Don't Cry... They Get Even).
EUA, 1992, 99 min. Direção: Joan Micklin
Silver. Com Griffin Dunne, Dan
Futterman. Após tantas separações e
segundos casamentos de seus pais, a
adolescente Laura já não sabe mais
quem é irmão, meio-irmão, ou pai de
verdade. Desorientada com essa
situação, Laura foge e acaba tirando
"férias" com uma família bem diferente
da sua.
(IA)
TV PAGA
Wyler assina obra-prima baseada em Brontë
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Hoje é dia de pular cedo da cama. Às 10h, o TC Cult passa "O
Morro dos Ventos Uivantes", na
versão de William Wyler. Existem
refilmagens do romance de Emily
Brontë, mas talvez a única que interesse tanto quanto essa seja a do
espanhol Luis Buñuel, que atende
pelo sugestivo nome de "Abismos
de Pasión".
Porque é de abismos mesmo
que se trata, de um amor que existe além da vida e da morte, de um
"amor fou", como queriam os
surrealistas, que admiravam
imensamente o livro.
A intriga proposta não interessa
tanto pelo que tem de única. Ali
está a história de um amor de infância entre um empregado e a filha dos patrões. Mas a moça está
prometida a outro homem. Naquele tempo, levava-se a sério esse
tipo de coisas. Então, a história de
amor se transforma em história
de separação, de afastamento, de
rancores, sofrimentos, vazios,
frustrações.
E o que interessa nela é a intensidade. Algo que precisa ser partilhado pelos personagens e pelo
autor. Como isso acontece, temos
aí um belo filme, talvez mais do
que isso.
Hoje em dia, todos sabemos, a
obra de Wyler, em seu conjunto,
envelheceu bastante. Seus procedimentos ousados, como os enquadramentos e o uso da profundidade de campo, parecem ao
nosso tempo (e não só a ele) um
tanto artificiais, como que "colados" aos filmes.
Nada disso nos "Ventos Uivantes". A expressão carregada de
Laurence Olivier, a palpitação que
se sente em Merle Oberon, os cenários e as luzes que criam uma
ambientação fortíssima, como
que chamando o sobrenatural a
intervir na trama, são coisas que
não se deixam esquecer tão fácil.
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