São Paulo, segunda-feira, 07 de maio de 2007

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Crítica

"Durval Discos" tem como marca tom crepuscular

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O Durval de "Durval Discos" (Canal Brasil, 14h30) parece um morto. Passa os dias em sua loja, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, perfeitamente fiel à palavra "discos".
Essa história de CD não o convence de jeito nenhum. Em compensação, as pessoas que passam de maneira distraída por ali querem, em sua maioria, CD.
Fiel ao anacronismo (imagino que quando o filme foi concebido não havia ainda a reabilitação do LP pelos DJs), ele é fiel, mais que tudo, a um mundo que acaba.
A loja é como que uma versão modesta da pirâmide de "Terra dos Faraós": é a vida e também o túmulo de Durval.
As locações são poucas. Os ângulos com que trabalha Ana Muylaert, a diretora do filme, também: existe uma monotonia visual programada, correspondente à perspectiva existencial de Durval.
A melancolia, o tom crepuscular talvez sejam as marcas fortes deste filme, uma estréia que faz esperar mais da diretora Muylaert.


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