São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2008

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Crítica

Talento supera qualquer dúvida sobre Chaplin

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Sempre é possível pensar, diante dos filmes de Charlie Chaplin, se um milionário como ele sentia-se efetivamente solidário às pessoas pouco afortunadas ou se o tipo tão humano de Carlitos não passava de uma bela demagogia.
A questão é retórica, naturalmente (mas a vida também é, em boa medida), porque são tais e tantas as riquezas de "Tempos Modernos" (TC Cult, 18h40), lançado em 1936, que o talento do ator-diretor supera qualquer dúvida que se possa levantar.
Seu encontro com a garota cega valeria, por si só, o filme. O desarranjo na linha de montagem na qual ele trabalha como operário e o decorrente efeito, idem.
O mesmo vale para o momento em que uma bandeira vermelha surge em sua vida e o leva a ser confundido com os comunistas.
Pensando bem, a sinceridade não é um problema artístico; portanto, não interessa no caso de Chaplin. O sentimentalismo, de que ele não raro abusou, é outra conversa.


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