São Paulo, sexta-feira, 07 de maio de 2010

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Crítica

Compreensão do mundo carcerário norteia filme

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Terá sido o sucesso de "Carandiru" (Canal Brasil, 0h45; 18 anos) um equívoco?
Na trajetória do médico que se aproxima dos detentos do antigo presídio paulistano, tal como narrada pelo diretor Hector Babenco, tudo procura levar nosso olhar a compreender um pouco mais o que seja o mundo penitenciário.
Não anjos, nem demônios: quase sempre pessoas às voltas com experiências de vida particulares (e atrozes). Digamos que tanto o trabalho do médico como o do filme buscam mais compreender as pessoas do que demonizá-las.
Essa visão não parece adequada ao espírito mata-esfola que norteou os espectadores de "Tropa de Elite", filme dirigido por José Padilha.
No entanto, os filmes são separados por apenas quatro anos (de 2003 a 2007), em que uma série de indicadores estatísticos (como crescimento, emprego etc.) evoluíram bem no país.
Estranha questão: o que poderia explicar essa tão acentuada discrepância no comportamento do público?


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