São Paulo, sexta-feira, 07 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crítica/"Segurança Nacional"

Grandiosidade canhestra coloca humor involuntário em filme brasileiro

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fantasiosa é o mínimo que se pode dizer de "Segurança Nacional", estreia cinematográfica de Roberto Carminati. O incômodo nem é a maneira pomposa de mostrar as Forças Armadas, próxima do ufanismo da ditadura, mas a absoluta falta de medida das situações.
Para resumir, narcotraficantes prejudicados pela Lei do Abate -que permite à FAB (Força Aérea Brasileira) derrubar aviões que penetrem o espaço aéreo brasileiro sem autorização- resolvem soltar uma bomba atômica na Amazônia. Como se fosse pouco, a terrível arma cabe em uma maleta.
Outra bomba atômica explode no mar no final quando Thiago Lacerda -um agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência)- persegue o chefe dos traficantes para resgatar a namorada, cena digna de "007", com exceção das gargalhadas que provoca pelo que tem de aparatosa.
Nada sobre a catástrofe nuclear. Tudo é mentirinha nesta propaganda do governo travestida em constrangedor filme que só chama a atenção pelo humor -involuntário.


SEGURANÇA NACIONAL

Direção: Roberto Carminati
Produção: Brasil, 2009
Onde: nos cines Bristol, Espaço Unibanco Pompeia e circuito
Classificação: 16 anos
Avaliação: ruim




Texto Anterior: Crítica/"A Hora do Pesadelo": Cineasta substitui tensão por barulho em saga agonizante de Freddy Krueger
Próximo Texto: Belas Artes fechará se ficar sem patrocínio
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.