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CRÍTICA
Adaptação de HQ alterna explosões e questões familiares
PEDRO CIRNE
COLABORAÇÃO COM A FOLHA
Quando Stan Lee e Jack
Kirby inventaram o Quarteto Fantástico, em 1961, super-heróis e "supergrupos" não eram
novidades nas histórias em quadrinhos norte-americanas.
Já existiam os voadores, os superfortes, as mulheres com superpoderes etc. Lee contou, em diversas entrevistas, que a grande
inovação dele e de seu parceiro foi
que eles criaram não um "supergrupo", mas uma família de super-heróis.
E assim nasceu o Quarteto Fantástico: um casal de namorados, o
irmão da moça e melhor amigo
do rapaz, todos com superpoderes. As reviravoltas dos mais de 40
anos de histórias não caberiam
nos 105 minutos do longa-metragem do diretor Tim Story, que estréia hoje. Ele conta o primeiro capítulo: quem são esses quatro e o
que fizeram para receber o nome
de Quarteto Fantástico.
Assim, são apresentados Reed
Richards (interpretado por Ioan
Gruffudd) e Ben Grimm (Michael
Chiklis), que querem realizar uma
expedição científica a uma estação espacial. E eles partem, acompanhados de Sue Storm (Jessica
Alba), ex-namorada de Reed;
Johnny Storm (Chris Evans), irmão de Sue; e Victor von Doom
(Julian McMahon), o milionário
que patrocina a viagem.
Algo dá errado, e os viajantes retornam modificados. É aí que começa a parte principal do filme:
como os cinco lidam com os resultados destas alterações, que
podem ser dons ou maldições.
Reed (o Senhor Fantástico) passa a esticar seu corpo como se fosse de borracha; Sue (a Garota Invisível) pode criar um campo de
força e, como o nome diz, ficar invisível; Johnny (o Tocha Humana) consegue inflamar-se; e Ben
(O Coisa) vira um ser superforte
que parece um monstro de pedra.
Raramente uma história de super-heróis, nas HQs ou no cinema, prescinde de um vilão. Nesta
história, ele será Victor von
Doom, dotado de misteriosos poderes.
Como na proposta original da
dupla Lee e Kirby, o filme mistura
super-heróis e laços familiares.
Explosões, gente voando e lutas
devastadoras alternam-se com
discussões entre irmãos, amigos
divertindo-se e um casal com problemas.
Aqueles que conhecem bem as
HQs do Quarteto Fantástico, os
chamados fãs "radicais", ficarão
chateados com alguns pontos em
que falta "fidelidade" aos quadrinhos, como tudo o que está relacionado ao vilão, Von Doom.
Outros fãs, entretanto, ficarão
felizes com os efeitos especiais, as
cenas de ação, a semelhança dos
atores com os personagens. Esses
deixarão o cinema com uma dúvida na cabeça: quem será o vilão
da provável seqüência? O Toupeira? Diablo? Galactus?
Quarteto Fantástico
Fantastic Four
Direção: Tim Story
Produção: EUA/Alemanha, 2005
Com: Ioan Gruffudd, Michael Chiklis
Quando: a partir de hoje nos cines
Kinoplex Itaim, Metrô Santa Cruz, Market
Place Cinemark e circuito
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