São Paulo, sábado, 07 de julho de 2007

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[!]foco

Grande estrela da Flip, Coetzee, quem diria, não é tão arisco quanto parecia

SYLVIA COLOMBO
ENVIADA ESPECIAL A PARATY

Afinal, J.M. Coetzee não é aquele sujeito arisco que demonstrava ser. Nome mais cobiçado pela Flip desde a primeira edição, o sul-africano desembarcou no Brasil carregando a fama de misantropo e até mesmo esnobe. Também a de destratar jornalistas e não falar de sua própria obra. Dá muito poucas entrevistas, sempre por e-mail, e sempre falando muito pouco.
Mas hoje, quando subir ao palco da tenda dos autores, na mesa mais aguardada da festa, às 19h, Coetzee já terá mudado um pouco a opinião das pessoas que o viram passear pelas ruas de pedra da cidade.
O escritor honrou compromissos, indo a jantares e almoços para os quais foi convidado. Esses eventos são bastante tradicionais na Flip, geralmente promovidos por editores que querem mostrar seus autores para outros editores, jornalistas, livreiros e demais convidados ilustres. Esteve presente também (e foi o último a sair) no almoço anual que o príncipe d. João de Orleans e Bragança oferece em sua casa para os autores.
O escritor também saiu para fazer compras com a mulher e não fugiu dos jornalistas que o abordaram na rua. Não fugiu, mas também não falou muito, além de cordiais "olá", "muito prazer", "estou gostando muito da festa", "a cidade é muito bonita". Para os fotógrafos, posou com sorrisos que não escondiam os dentes muito, mas muito, amarelos.
Coetzee assistiu a mesas de outros escritores e ao show de abertura, com João Donato e a Orquestra Imperial, na quarta. Hoje, o Nobel de 2003 lerá, numa espécie de première mundial, trechos de seu novo livro, "Diary of a Bad Year".


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