|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
[!]foco
Grande estrela da Flip, Coetzee, quem diria, não é tão arisco quanto parecia
SYLVIA COLOMBO
ENVIADA ESPECIAL A PARATY
Afinal, J.M. Coetzee não é
aquele sujeito arisco que demonstrava ser. Nome mais cobiçado pela Flip desde a primeira edição, o sul-africano desembarcou no Brasil carregando a fama de misantropo e até
mesmo esnobe. Também a de
destratar jornalistas e não falar
de sua própria obra. Dá muito
poucas entrevistas, sempre por
e-mail, e sempre falando muito
pouco.
Mas hoje, quando subir ao
palco da tenda dos autores, na
mesa mais aguardada da festa,
às 19h, Coetzee já terá mudado
um pouco a opinião das pessoas
que o viram passear pelas ruas
de pedra da cidade.
O escritor honrou compromissos, indo a jantares e almoços para os quais foi convidado.
Esses eventos são bastante tradicionais na Flip, geralmente
promovidos por editores que
querem mostrar seus autores
para outros editores, jornalistas, livreiros e demais convidados ilustres. Esteve presente
também (e foi o último a sair)
no almoço anual que o príncipe
d. João de Orleans e Bragança
oferece em sua casa para os autores.
O escritor também saiu para
fazer compras com a mulher e
não fugiu dos jornalistas que o
abordaram na rua. Não fugiu,
mas também não falou muito,
além de cordiais "olá", "muito
prazer", "estou gostando muito
da festa", "a cidade é muito bonita". Para os fotógrafos, posou
com sorrisos que não escondiam os dentes muito, mas
muito, amarelos.
Coetzee assistiu a mesas de
outros escritores e ao show de
abertura, com João Donato e a
Orquestra Imperial, na quarta.
Hoje, o Nobel de 2003 lerá, numa espécie de première mundial, trechos de seu novo livro,
"Diary of a Bad Year".
Texto Anterior: [+]Crônica: Entre a antropofagia, a língua e a alegria Próximo Texto: Programação Índice
|