São Paulo, terça-feira, 07 de agosto de 2007

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Crítica

"Amantes" é obra-prima de Cassavetes

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Amantes" (no TC Cult, 19h30) é um título sem ambigüidades, não? No entanto, o que não falta são ambigüidades neste magnífico filme de 1984 que, por muito tempo, me pareceu um dos mais belos e mais ternos já feitos. O que terá se tornado o filme de John Cassavetes?
Vamos ver ali um escritor (Cassavetes) razoavelmente perdido na vida, na afetiva em particular, levando uma vida de relações esporádicas com mulheres. Uma mulher frágil, divorciada e excêntrica (Gena Rowlands) reaparece em sua vida. Não é sua ex-mulher, como se pode imaginar, mas sua irmã. E podemos ficar por aí, porque a toda hora se fala da vida de casais, mas raramente da vida de irmãos, da vida em comum, do tipo particular de amor que experimentam.
Já não me lembro do filme o bastante para dizer se Cassavetes, delicadamente, falaria de incesto. Lembro-me o suficiente de que esta é, possivelmente, a obra-prima desse cineasta tão central no cinema americano moderno.


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