São Paulo, segunda-feira, 07 de setembro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Cronenberg filma sutileza da transformação humana

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

David Cronenberg anda mais bem comportado. Mas não muito bem comportado, felizmente. Nada que se pareça com o cinema esterilizado, dito "dominante".
Mas seus corpos já se parecem até com corpos "normais". Como o desse bom velhinho de "Senhores do Crime" (TC Premium, 22h, 16 anos), Semyon (Armin Mueller-Stahl), que serve boas sopas em família e lança olhares delicados ao interlocutor. Mas, estranho, há algo de metálico em seu olhar, de inumano (não que seja um robô, por favor).
Os corpos se movem em Cronenberg, transformam-se. Hoje são sutilezas, mas nem por isso menos evidentes. Lá está também Nikolai (Viggo Mortensen), cujo corpo é um disfarce. Quem é ele? No Cronenberg recente (e o filme é de 2007) o organismo continua um mistério, mas de outro tipo: sua transformação é interior.


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