São Paulo, terça-feira, 07 de setembro de 2010

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Filme espírita é visto por mais de 500 mil

No primeiro fim de semana nos cinemas, "Nosso Lar" só perde para "Chico Xavier", outra obra ligada ao espiritismo

Dados prévios indicam que estreia teve 520 mil pessoas; marketing inclui a divulgação em centros espíritas


LAURA MATTOS
DE SÃO PAULO

Mais de meio milhão de pessoas foram aos cinemas no último fim de semana para ver "Nosso Lar". O resultado reforça a onda de sucesso no Brasil de produtos culturais ligados ao espiritismo.
Inspirado no livro homônimo de Chico Xavier, o longa-metragem que mostra a vida após a morte foi visto por pelo menos 520 mil pessoas.
O dado contabiliza 100% das bilheterias de sexta e sábado e 90% das de domingo (a distribuidora Fox não tinha o resultado final até o fechamento desta edição).
Ainda que parcial, a contagem já faz de "Nosso Lar", do jovem diretor Wagner de Assis, a segunda maior estreia de filmes nacionais no ano. A primeira é também espírita, "Chico Xavier", de Daniel Filho, visto por 585 mil pessoas no primeiro fim de semana.
Ainda que considerados os filmes internacionais, as obras espíritas têm ótima performance. "Nosso Lar" fica em oitavo lugar na estreia, atrás de "Chico Xavier".
O investimento no lançamento foi digno de blockbuster hollywoodiano: o longa está em 453 salas (mais do que as 388 de "Chico Xavier"), funcionários das salas de cinema receberam camisetas para usar no final de semana e os cartazes são os maiores das bilheterias.

SESSÃO ESPÍRITA
Assim como outras obras espíritas (independente, "Bezerra de Menezes" é o precursor), "Nosso Lar" conta com forte esquema de divulgação nos centros espíritas. A parceria já se iniciou pelo fato de os direitos da livro homônimo serem da Federação Espírita Brasileira.
"A federação está nos ajudando muito na divulgação", conta a produtora de "Nosso Lar", Iafa Britz, que tem no currículo os sucessos "Se Eu Fosse Você 1 e 2".
Desde o dia 27, acontecem sessões especiais, pela manhã (quando normalmente os cinemas ficam fechados), para grupos de espíritas. "Só nestas exibições, tivemos perto de 30 mil pessoas, não contabilizados no resultado do fim de semana", diz Britz.
Na saída dos cinemas, na sexta-feira, a Folha entrevistou dez pessoas, das quais apenas uma disse não ser espírita (era judia). Também foi a única que afirmou não ter gostado do filme.


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