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Filme espírita é visto por mais de 500 mil
No primeiro fim de semana nos cinemas, "Nosso Lar" só perde para "Chico Xavier", outra obra ligada ao espiritismo
Dados prévios indicam
que estreia teve 520 mil
pessoas; marketing
inclui a divulgação
em centros espíritas
LAURA MATTOS
DE SÃO PAULO
Mais de meio milhão de
pessoas foram aos cinemas
no último fim de semana para ver "Nosso Lar". O resultado reforça a onda de sucesso
no Brasil de produtos culturais ligados ao espiritismo.
Inspirado no livro homônimo de Chico Xavier, o longa-metragem que mostra a vida
após a morte foi visto por pelo menos 520 mil pessoas.
O dado contabiliza 100%
das bilheterias de sexta e sábado e 90% das de domingo
(a distribuidora Fox não tinha o resultado final até o fechamento desta edição).
Ainda que parcial, a contagem já faz de "Nosso Lar", do
jovem diretor Wagner de Assis, a segunda maior estreia
de filmes nacionais no ano. A
primeira é também espírita,
"Chico Xavier", de Daniel Filho, visto por 585 mil pessoas
no primeiro fim de semana.
Ainda que considerados
os filmes internacionais, as
obras espíritas têm ótima
performance. "Nosso Lar" fica em oitavo lugar na estreia,
atrás de "Chico Xavier".
O investimento no lançamento foi digno de blockbuster hollywoodiano: o longa
está em 453 salas (mais do
que as 388 de "Chico Xavier"), funcionários das salas
de cinema receberam camisetas para usar no final de semana e os cartazes são os
maiores das bilheterias.
SESSÃO ESPÍRITA
Assim como outras obras
espíritas (independente,
"Bezerra de Menezes" é o
precursor), "Nosso Lar" conta com forte esquema de divulgação nos centros espíritas. A parceria já se iniciou
pelo fato de os direitos da livro homônimo serem da Federação Espírita Brasileira.
"A federação está nos ajudando muito na divulgação", conta a produtora de
"Nosso Lar", Iafa Britz, que
tem no currículo os sucessos
"Se Eu Fosse Você 1 e 2".
Desde o dia 27, acontecem
sessões especiais, pela manhã (quando normalmente
os cinemas ficam fechados),
para grupos de espíritas. "Só
nestas exibições, tivemos
perto de 30 mil pessoas, não
contabilizados no resultado
do fim de semana", diz Britz.
Na saída dos cinemas, na
sexta-feira, a Folha entrevistou dez pessoas, das quais
apenas uma disse não ser espírita (era judia). Também foi
a única que afirmou não ter
gostado do filme.
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