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RUÍDO
36,8% não compram CD em SP, diz pesquisa
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais de metade dos consumidores da Grande São
Paulo já desistiu de ter lojas oficiais como alternativa principal
para comprar CDs. É o resultado de pesquisa da Fecomercio
(Federação do Comércio do Estado de São Paulo) entre 900
compradores, 49,1% dos quais
responderam que vão às lojas
quando querem comprar CD.
Outros 41,4% elegem os camelôs, e 6,2% preferem a informalidade dos promocenters. É expressão a mais do triunfo da pirataria, que segundo a ABPD
(Associação Brasileira dos Produtores de Discos) consome hoje 59% do mercado discográfico.
Essas fatias saem dos 63,1% de
consumidores que afirmam ainda comprar CDs -36,8% dos
pesquisados declararam que
não possuem esse hábito.
Mais um dado sobre o atual
estado desse mercado: um terço
dos compradores de CDs em camelôs e promocenters afirma
que o produto apresentou algum problema; compram mesmo assim (por causa do preço,
segundo 57,8% dos ouvidos).
A Fecomercio foi além e entrevistou 150 camelôs, obtendo deles um ranking de gêneros mais
procurados nas barracas: pop-rock (30,8%), sertanejo (19,2%),
eletrônico (10%) e MPB (5,8%),
entre outros menos cotados.
O NÃO-LANÇAMENTO
Sem projeto de recuperação de catálogo, a Som Livre
esquece no baú o divertido
especial infantil da Globo e
disco "Plunct Plact Zuuum"
(83). Concebido na explosão
do novo pop-rock nacional,
era um mix de novos e velhos de guerra, tentando
adequar o pop-rock às
crianças e vice-versa. Havia
Raul Seixas em "Carimbador Maluco", Fafá de Belém
cantando Lulu Santos ("Sereia") e irados tecnopops da
Gang 90 ("Será que o King
Kong É Macaca?") e de
Eduardo Dusek. Guardadas
as proporções, era como se
hoje a Globo bancasse um
disco infantil de hip hop,
drum'n" bass ou electro...
ARNALDO ABRIGADO
Agora compartilhando
empresário com Marisa
Monte, Arnaldo Antunes já
grava em estúdio seu próximo
CD, que deve sair em março.
Na renegociação de contrato
com a BMG, ele adquiriu o
direito de ser dono de suas
gravações -o que ainda é
privilégio de poucos, como
Marisa. Arnaldo terá um selo
(Rosa Celeste) dentro da BMG.
O MILHÃO DE ROBERTO
Mesmo com o cenário de
retração no mercado, a Sony
sonha alto com o disco inédito
de Roberto Carlos. O vice-presidente da gravadora,
Alexandre Schiavo, prevê a
volta ao patamar de 1 milhão
de cópias, após a queda de
venda do "Ao Vivo" de 2002.
AOS MILHARES
Longe dos milhões,
lançamentos recentes dão
esperança de leve retomada às
gravadoras. Maria Rita já
vendeu 350 mil cópias,
segundo a Warner. Sandy &
Junior, da Universal, estão em
300 mil. Charlie Brown Jr.
lidera na EMI, com 240 mil. A
banda de garotos Br'oz, versão
masculina do Rouge, saiu da
Sony com 200 mil cópias -e
vendeu metade delas em uma
semana, segundo a gravadora.
NA HIGH SOCIETY
Depois de Marcelo D2, a
Trama é quem vai à alta
sociedade. A gravadora
inaugurou nesta semana um
ponto de venda de CDs dentro
da Daslu, uma das mais
luxuosas lojas de São Paulo.
psanches@folhasp.com.br
INDIE ROCK E VIOLÃO
Supla lança novo disco pela
independente ST2. Segundo
ele, dez das 23 faixas são de
"bossa furiosa" em inglês,
remetendo à fase punk nova-iorquina. As outras são só voz e
violão (do irmão João Suplicy).
E Supla já caça autorizações
para um CD de versões em
português para hits gringos.
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