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Coleção Folha traz "O Livro Vermelho", de Mao Tsé-tung
Obra reúne pensamentos do antigo ditador chinês sobre o comunismo
O volume, que chega às bancas em 14/11, faz parte da série de obras que mudaram a forma de pensar o mundo
DE SÃO PAULO
No próximo domingo, 14/
11, a Coleção Folha Livros
que Mudaram o Mundo leva
às bancas aquele que possivelmente foi o volume mais
impresso no século 20.
O item dez da coleção é
"O Livro Vermelho", do ditador chinês Mao Tsé-tung
(1893-1976).
Como costuma ocorrer
quando a China está em foco,
os números são impressionantes. Estima-se que, apenas na década que vai entre a
Revolução Cultural (1966) e a
morte do ditador (1976), nada menos que 6 bilhões de
exemplares do livro teriam
sido impressos pelas tipografias estatais chinesas.
A obra foi editada pela primeira vez em 1964, com o título "Citações do Presidente
Mao". No Ocidente, devido à
inconfundível capa plastificada, recebeu o nome de "O
Livro Vermelho" ou "O Pequeno Livro Vermelho".
Na época da Revolução
Cultural, quando o culto à
personalidade do ditador estava no auge, o livro se tornou na China uma imagem
quase tão impositiva quanto
a de seu autor.
Como o título original indica, trata-se de uma compilação de excertos, geralmente
breves, de livros e discursos
de Mao, organizados em capítulos temáticos.
Mais do que uma obra de
grande profundidade teórica, pretendeu ser uma espécie de manual de autoajuda
para uso dos comunistas.
Líder da revolução vitoriosa que implantou o comunismo na China, em 1949, Mao
Tsé-tung governou o país até
a morte, em 1976.
Continua a ser tido, oficialmente, em alta conta pelo
atual regime de Pequim, e
mesmo seus críticos lhe concedem dotes de estrategista
político e militar.
Qualidades que, contudo,
estão longe de justificar os
expurgos sangrentos e as políticas de Estado batizadas
com nomes pomposos, como
Grande Salto em Frente e a
Revolução Cultural, que tiveram milhões de vítimas e o fazem ser considerado um dos
mais perniciosos ditadores
do século 20.
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