São Paulo, sábado, 08 de janeiro de 2011

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Escrever o livro foi como mexer com um "vespeiro"

DE WASHINGTON

Ex-correspondente do "Washington Post", Monte Reel, 39, sabia que estava mexendo com um vespeiro ao escrever sobre a luta pela proteção de um índio sem tribo na Amazônia.
De um lado, aproximou-se de inflexíveis defensores do índio -principalmente Marcelo dos Santos, Altair Algayer e Sydney e Orlando Possuelo, então funcionários da Funai.
De outro, irritou fazendeiros e famílias da região, em Rondônia, que preferem explorar a terra para o benefício de muitos a preservá-la para um só indivíduo.
Os membros da equipe de contato da Funai que lidavam então com as tribos isoladas da floresta levaram o esforço pelo índio às últimas consequências.
Sobreviveram a flechadas e tiveram os empregos e até as vidas ameaçados.
Jamais descobriram a explicação para mistérios como o fundo buraco retangular que o índio cava no centro das cabanas que monta e abandona conforme são descobertas.
Conseguiram, por fim, demarcar a terra para um indígena com o qual nunca falaram. Segundo Reel, a atual demarcação está protegida até 2012.
Mas a tensão continua no ar. Em novembro de 2009 o acampamento da Funai na área foi destruído e foram encontrados cartuchos de espingarda pelo chão.
"Pouco depois, a Funai fez uma expedição na área para checar se não haviam tentado atacar o índio. Parece que ele está bem", diz o escritor.
"Quanto mais gente ficar sabendo da história, mais seguro o índio vai estar", acredita Reel. (AM)


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