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Disco de estréia leva músicas de Céu à Europa
DA REPORTAGEM LOCAL
Afinal, o que é que essa
moça tem que encantou tanto a crítica quanto o público?
Ela sabe o que quer. Aos 25
anos, Maria do Céu Whitaker Poças, a Céu, demonstra
uma maturidade revelada
nas letras simples e na produção coerente de seu disco
de estréia, que vendeu 12 mil
cópias na França e Holanda
-número significativo para
uma produção independente- e a levou a tocar em rádios e festivais no exterior. A seguir, trechos de sua entrevista.
(AFS)
Folha - Quando você começou a cantar?
Céu - Desde pequena. Venho de família de músico
[seu pai é o compositor Edgard Poças]. Me trancava no
quarto imitando cantoras.
Profissionalmente, decidi
com 15 anos.
Folha - Quais cantoras a influenciaram?
Céu - Em cada época era
fissurada por uma: teve a fase da Nana [Caymmi], da
Clara Nunes, de uma desconhecida chamada Dila. A fase da Elis, da Betty Carter...
Folha - Quanto tempo levou
para fazer o disco?
Céu - Dois anos. Mas o processo de composição, de maturar a voz, de pensar para
que onda iria me encaminhar, iniciei em 2000.
Folha - Por que a demora?
Céu - Percebi várias influências, mas queria criar
uma unidade. Então, decidi
compor. Também queria
um som diferente, não pensava em fazer só um disco de
MPB. Curto dub, afrobeat,
sou ligada à música africana,
ao samba. O tempo serviu
para achar o caminho com o
[produtor] Beto Villares.
Folha - Seu disco foi pensado para sair no exterior?
Céu - Não. De nenhuma
maneira pensamos em fórmula para o exterior ou no
que está "pegando". O lance
da França foi um reconhecimento muito bacana.
Folha - De 12 produtores,
cinco acreditam que seu nome é uma das apostas do ano.
Isso te assusta?
Céu - [em tom de surpresa]
Olha só! Isso me impulsiona
a tocar, a maturar o show, a
melhorar no palco, a passar
o som do disco da melhor
maneira. E a fazer música!
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