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FILMES E TV PAGA
TV ABERTA
Algo desanda na adaptação de Richard Brooks
Mergulho em uma Paixão
SBT, 14h.
(Wild Hearts Can't Be Broken). EUA, 91,
90 min. Direção: Steve Miner. Com
Gabrielle Anwar, Michael Schoeffing.
Nos anos 30, uma adolescente foge com
uma trupe e luta para realizar seu sonho:
tornar-se estrela de um perigoso número
circense, em que pula do trampolim
junto com seu cavalo para cair num
tanque de água.
E Agora, Meu Amor?
Record, 22h15.
(Fools Rush In). EUA, 97. Direção: Andy
Tennant. Com Matthew Perry, Salma
Hayek. Um nova-iorquino conhece em
Las Vegas a bela Hayek. Eles transam.
Problema: ela fica grávida. O que fazer
agora? Em torno da questão girará esta
comédia dramática sem grande futuro.
Gata em Teto de Zinco Quente
SBT, 23h45.
(Cat on a Hot Tin Roof). EUA, 58, 108 min.
Direção: Richard Brooks. Com Elizabeth
Taylor, Paul Newman. Filhos voltam à
casa para ver pela última vez o pai
moribundo. Além de seu pesar, levam na
bagagem traição, alcoolismo e muitas
discussões. Brooks adaptando
Tennessee Williams parece a mistura
ideal, mas em algum ponto a coisa
desanda um pouco. Ainda assim, um
grande programa.
Feitiço de Estrela
SBT, 1h15.
(Star Struck). EUA, 94. Direção: Jim Drake.
Com Kirk Cameron, Chelsea Noble.
Menino e menina de 12 anos se
apaixonam em um acampamento de
férias. Depois se separam e nunca mais
se vêem. Ela se torna atriz famosa. Ao
saber que ela vai casar, o jovem, agora
homem feito, tem surto regressivo e
tenta se aproximar dela. Mas como?
Rio Shannon
SBT, 3h.
(Rio Shannon). EUA, 93. Direção: Mimi
Leder. Com Blair Brown, Patrick van
Horn. Após a morte do marido, viúva
decide enfrentar outra adversidade:
morar com os filhos numa fazenda
abandonada e torná-la produtiva.
Rastro de um Assassino
Globo, 3h45.
(Fight for Justice -The Nancy Conn Story).
EUA, 95. Direção: Bradford May. Com
Marilu Henner, Doug Savant. Cativeiro
de um psicopata é descoberto antes que
ele possa matar sua vítima. No entanto,
ele continuará perseguindo a coitada.
Divas
SBT, 4h45.
EUA, 95. Direção: Thomas Carter. Com
Khalil Kain, Lisa Carlson. Empresário
lidera grupo de quatro cantoras em
busca do sucesso na extremamente
competitiva indústria do disco.
(IA)
Na trilha dos irmãos Lumière
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Em 1995, quando se comemorava o centenário do cinema,
40 cineastas (ou 41, conforme a
fonte) toparam o desafio de rodar, cada um, um filme de 52 segundos de duração, com no máximo três planos.
Eles usariam a câmera original
dos irmãos Lumière, Louis e Auguste, que entraram para a história como os inventores do cinema. Os filmes não teriam som sincronizado.
Toparam refazer a trajetória dos
Lumière, entre outros, cineastas
tão distantes entre si quanto Jacques Rivette e Peter Greenaway,
tão afastados, no espaço, quanto
os americanos David Lynch e Spike Lee, o japonês Kiju Yoshida, a
sueca Liv Ullman. O resultado é
"Lumière e Cia." (amanhã,
22h15, Telecine Emotion).
Nenhuma homenagem aos Lumière é excessiva, e este é um filme muito falado, mas que não
passou nos cinemas brasileiros,
provavelmente porque os filmes
da maior parte desses realizadores costumam chegar até nós,
mas, juntos, os 41 não têm valor
de mercado.
Sobretudo porque seus pequenos trabalhos evocarão uma obra
descomunalmente desconhecida.
E também descomunal. O título
de "inventores do cinema" dado
aos Lumière talvez seja contestável. Havia uma série de pesquisadores tentando pôr em prática
uma idéia que estava no ar.
Mas a beleza dos filmes Lumière
é única. Seja as cenas mais conhecidas, como a "Chegada do Trem
na Estação Liotat", seja qualquer
outra, eram dotadas de um sentido estético profundo e de uma
paixão por captar a realidade que
deixou traços profundos em tudo
o que se faria dali por diante.
Assistir a essa homenagem aos
Lumière é obrigatório. No dia em
que um canal de TV paga conseguir trazer até nós uma série dos
filmes dos Lumière em pessoa, aí
veremos um grande -e único-
momento do cinema.
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