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ARTE
Quadros foram levados de hotel de luxo, incluindo "O Vestido Azul" e auto-retrato
Mais três obras de Munch são furtadas na Noruega
DA REDAÇÃO
Três obras do artista norueguês
Edvard Munch (1863-1944) foram
furtadas, no último domingo, de
um hotel localizado próximo a
Moss, região sudeste da Noruega,
anunciou ontem a polícia local.
Foram levadas das paredes do
restaurante do hotel Refsnes Gods
uma aquarela de 1915 chamada
"O Vestido Azul" e duas litogravuras -um auto-retrato de
Munch e um retrato do dramaturgo sueco August Strindberg.
O incidente acontece quase sete
meses após "O Grito" -obra
mais conhecida do artista- e
"Madonna" terem sido roubados
do museu Munch, em Oslo -caso ainda não resolvido.
Segundo o responsável pelas investigações, Jan Pedersen, integrante da polícia local, uma funcionária do hotel entrou no restaurante por volta das 23h do último domingo e flagrou duas pessoas que haviam retirado as obras
da parede. "Eles largaram uma
delas, quebraram a moldura e o
vidro, mas levaram os quadros e
fugiram", disse Pedersen sobre o
furto. Seguindo descrições, a polícia procura dois homens aparentando 20 e poucos anos, alturas
medianas e cabelos escuros.
"Ainda não há como dizer se há
uma conexão [entre o novo caso e
o roubo do museu], mas pedimos
ajuda à Kripos [Serviço de Investigação Criminal Nacional da Noruega] e naturalmente estaremos
em contato com a polícia de Oslo", afirmou Pedersen, que não
soube dizer o valor dos quadros
furtados do hotel.
O proprietário do estabelecimento, Vidar Salbuvik, disse que
as obras eram parte de uma coleção de 400 peças, incluindo mais
quatro trabalhos de Munch, que
estão expostas no restaurante.
O próprio hotel é parte de uma
propriedade criada em 1767: fica
localizado na ilha de Jeloey, onde
Munch viveu e trabalhou entre
1913 e 1916, quando ele se mudou
para Oslo. Salbuvik diz que os
quadros não são tão famosos
quanto "O Grito" ou "Madonna",
apesar de serem muito conhecidos entre colecionadores de arte.
Segundo o proprietário, os quadros de seu hotel estão fixados na
parede com molduras típicas de
museus. Em entrevista à radio
NRK, ele afirmou que os ladrões
arrancaram e estragaram as molduras, apesar de ser pouco provável que as obras tenham sido danificadas. Havia um sistema de
alarme no local, mas não foi acionado porque o hotel ainda não estava fechado para a noite.
"Parece ser uma moda entre ladrões roubar Munch. Quão profissional é roubar arte? Alto valor,
grande risco e difícil de vender.
Eles teriam que ser muito tolos
para fazer isso", disse Salbuvik.
Caso aberto
Em agosto do ano passado, três
indivíduos armados e encapuzados entraram no museu Munch,
em Oslo, e levaram "O Grito"
(1893) -sua obra mais conhecida, símbolo da angústia do homem perante o mundo- na
frente de vários turistas.
No mesmo dia, a obra "Madonna" foi roubada do mesmo museu. Até o momento, a polícia não
conseguiu localizar os quadros
que, segundo especialistas, poderiam chegar a valer US$ 85 milhões (cerca de R$ 226 milhões)
em leilões.
Com agências internacionais
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