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Noema é a primeira galeria de arte brasileira no Second Life
Espaço abre com mostra de Giselle Beiguelman e terá obras no mundo real
ADRIANA FERREIRA SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os brasileiros já têm uma galeria de arte digital, a Noema
(www.noema.art.br). Mas,
por enquanto, para conhecê-la,
é preciso se "teleportar" para o
mundo virtual do Second Life.
A partir de hoje, o público
poderá acompanhar a montagem da primeira exposição
desse espaço criado dentro do
Second Life (SL), que irá abrigar trabalhos de arte digital,
performances e espetáculos
multimídia. A vernissage em si
ocorre no dia 15, quando estarão prontas as obras de "nowhere/anywhere/somewhere", mostra com fotos e vídeos
da artista Giselle Beiguelman.
Também responsável pela
curadoria da Noema, Beiguelman explica que essa é uma
"galeria nômade", cuja base será virtual, mas que também terá eventos no mundo real, em
locais como o Paço das Artes,
além de museus e clubes.
A idéia de criar a galeria foi
do pesquisador Abel Reis, que
escolheu fazer a Noema no SL
porque é um espaço onde é "fácil criar". "Ao contrário dos
ambientes digitais tradicionais,
mais restritos em termos de
potencial criativo ou que exigem de seus usuários uma habilidade técnica bastante avançada de programação, no SL é
possível fazer coisas muito originais sem ser um habilidoso
programador", explica Reis.
A Noema tem um elenco de
artistas que inclui os norte-americanos Mark America e
Heidi Kumao, além dos brasileiros Luiz Duva, Rick Silva,
Lucas Bambozzi, Marcus Bastos, Vera Biguetti, Helga Stein e
VJs Spetto, entre outros.
Os custos para montar a galeria, diz Reis, "giram em torno
de US$ 50 mil", gastos em programação, aluguel de terrenos,
configuração do ambiente e
"upload" dos conteúdos.
Para manter o projeto, eles já
contam com o patrocínio da
Fiat e pretendem atrair outros
investidores. "A arte digital é
um espaço de inovação. Muitas
marcas têm interesse de estar
vinculadas às oportunidades
que o meio traz", afirma Reis.
Mas, mais que criar um mercado para a arte digital, a intenção, fala Beiguelman, é experimentar. "A Noema não pretende ser apenas um centro para
inventar novas formas de comercialização de um determinado tipo de obra, mas, sim, ser
uma usina e um espaço de criação, produção e circulação dessas obras", diz a curadora.
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