São Paulo, quinta-feira, 08 de março de 2007

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Noema é a primeira galeria de arte brasileira no Second Life

Espaço abre com mostra de Giselle Beiguelman e terá obras no mundo real

ADRIANA FERREIRA SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os brasileiros já têm uma galeria de arte digital, a Noema (www.noema.art.br). Mas, por enquanto, para conhecê-la, é preciso se "teleportar" para o mundo virtual do Second Life.
A partir de hoje, o público poderá acompanhar a montagem da primeira exposição desse espaço criado dentro do Second Life (SL), que irá abrigar trabalhos de arte digital, performances e espetáculos multimídia. A vernissage em si ocorre no dia 15, quando estarão prontas as obras de "nowhere/anywhere/somewhere", mostra com fotos e vídeos da artista Giselle Beiguelman.
Também responsável pela curadoria da Noema, Beiguelman explica que essa é uma "galeria nômade", cuja base será virtual, mas que também terá eventos no mundo real, em locais como o Paço das Artes, além de museus e clubes.
A idéia de criar a galeria foi do pesquisador Abel Reis, que escolheu fazer a Noema no SL porque é um espaço onde é "fácil criar". "Ao contrário dos ambientes digitais tradicionais, mais restritos em termos de potencial criativo ou que exigem de seus usuários uma habilidade técnica bastante avançada de programação, no SL é possível fazer coisas muito originais sem ser um habilidoso programador", explica Reis.
A Noema tem um elenco de artistas que inclui os norte-americanos Mark America e Heidi Kumao, além dos brasileiros Luiz Duva, Rick Silva, Lucas Bambozzi, Marcus Bastos, Vera Biguetti, Helga Stein e VJs Spetto, entre outros.
Os custos para montar a galeria, diz Reis, "giram em torno de US$ 50 mil", gastos em programação, aluguel de terrenos, configuração do ambiente e "upload" dos conteúdos.
Para manter o projeto, eles já contam com o patrocínio da Fiat e pretendem atrair outros investidores. "A arte digital é um espaço de inovação. Muitas marcas têm interesse de estar vinculadas às oportunidades que o meio traz", afirma Reis.
Mas, mais que criar um mercado para a arte digital, a intenção, fala Beiguelman, é experimentar. "A Noema não pretende ser apenas um centro para inventar novas formas de comercialização de um determinado tipo de obra, mas, sim, ser uma usina e um espaço de criação, produção e circulação dessas obras", diz a curadora.


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