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OSB celebra a chegada da família real ao Brasil
Orquestra interpreta "Missa de Nossa Senhora da Conceição", de José Maurício Garcia
No segundo semestre, a OSB executa obras que lembram a vinda da corte ao Rio, pedidas a Marisa Resende, Eurico Carrapatoso e outros
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Enquanto aquece as turbinas
para o começo de sua temporada de concertos no Teatro Municipal, a Orquestra Sinfônica
Brasileira celebra hoje, às 19h,
no Rio de Janeiro, os 200 anos
da chegada da corte portuguesa
à cidade.
Sob a batuta do diretor artístico e regente titular Roberto
Minczuk, a OSB faz a reinauguração da igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, com
a "Missa de Nossa Senhora da
Conceição", do maior compositor brasileiro do período colonial, José Maurício Nunes Garcia (1767-1830).
De caráter brilhante e festivo, com solos vocais de grande
dificuldade técnica, e largas seções contrapontísticas, a partitura foi escrita em 1810, quando
o compositor mulato ocupava a
chefia da Real Capela -a orquestra da corte de dom João.
Depois de quase 200 anos, a
missa só se fez ouvir novamente em Austin, no Texas, em
2005, após a partitura ter recebido edição crítica do musicólogo Ricardo Bernardes. A OSB
pretende registrar a obra em
CD. Outra homenagem da orquestra à efeméride será a execução, no segundo semestre, de
obras inéditas lembrando a
vinda da corte para o Rio, encomendadas aos compositores
contemporâneos Edino Krieger, Marisa Rezende, Eurico
Carrapatoso, Almeida Prado e
Ronaldo Miranda.
Neste ano, a OSB já tocou na
Sala Cecília Meireles, dia 1º,
mas o início de sua temporada
no Municipal está prevista para
o dia 29, também com regência
de Minczuk, e com solos da soprano australiana Elizabeth
Whitehouse -em um programa que será repetido em São
Paulo, em 6 de abril.
Ao todo, a orquestra carioca
faz quatro concertos na Sala
São Paulo, sempre com Minczuk; além de Whitehouse, haverá ainda Daniel Binelli (bandoneón, 23 de junho), Ping
Peng (piano, 17 de agosto) e
Yamandu Costa (violão, 25 de
outubro).
Incluindo o maestro Kurt
Masur e seu filho, o também regente Ken-David Masur, além
de solistas como Kathleen Battle (soprano), Leila Josefowicz
(violino), Antonio Meneses
(violoncelo) e os pianistas Menahem Pressler e Arnaldo Cohen, a temporada carioca da
OSB deste ano será mais curta.
"Como o Municipal fecha para obras de restauro em outubro, tivemos que fazer uma
programação mais concentrada, terminando em setembro",
explica Minczuk.
Está prometido para o segundo semestre deste ano o final das obras daquela que deverá ser a nova sede da orquestra,
a Cidade da Música, ambicioso
projeto da prefeitura carioca na
Barra da Tijuca, orçado em R$
400 milhões.
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