|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Atriz premiada em Cannes volta a filmar sob aplausos
DA REPORTAGEM LOCAL
Na noite da última quarta, a
atriz Sandra Corveloni pisou de
novo num set de filmagens pela
primeira vez após vencer a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2008, por seu papel em
"Linha de Passe", de Walter Salles e Daniela Thomas.
Foi uma volta relâmpago. A
única cena que Sandra teria de
filmar naquela noite saiu como
os diretores Helena Ignez e Ícaro Martins queriam logo de cara, dispensando a necessidade
de repetição, usual no cinema.
A equipe, que avançaria madrugada adentro para cumprir
o plano de filmagens, aplaudiu
a precisão da atriz e gritou: "De
prima!" [válida na primeira
vez]. Em "Luz nas Trevas - A
Revolta de Luz Vermelha",
Sandra é Olga, a mãe do único
filho do bandido. Na cena da última quarta, vestida de enfermeira, ela vai até a cela de Luz
Vermelha, encara-o, abre o decote, gira o rosto, aguarda que
ele se aproxime. E só. O desdobramento fica por conta da
imaginação do espectador.
Sem abrir mão do teatro,
Sandra aceitou ser a protagonista de um longa a ser rodado
em maio próximo, no Rio de Janeiro. Como o contrato ainda
não foi assinado, ela prefere
não revelar o filme e o diretor.
Para a participação em "Luz
nas Trevas", a atriz foi atraída
pelo tom do convite da codiretora Helena Ignez, que lhe enviou o roteiro com o recado:
"Espero que você aceite participar desse filme missionário".
A missão a que Helena se refere é a de fazer "um cinema sofisticado e popular, que respeita a inteligência do espectador,
como sempre foi o do [cineasta]
Rogério [Sganzerla]".
Para Sandra, nada mais a calhar. Quando ela vai "olhando
as bancas de jornal" sente "às
vezes, um pouco de tristeza, de
mágoa, de raiva", com a "exaltação à futilidade" e a importância que se dá a assuntos que
"deixam a vida das pessoas cada
vez mais desinteressante".
Texto Anterior: Longa mostra Luz Vermelha na prisão Próximo Texto: Na vida real, bandido ficou 30 anos preso Índice
|