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Oscar premia "Guerra ao Terror"
Jeff Bridges e Sandra Bullock ganham estatuetas de ator e atriz; argentino Campanella vence melhor filme estrangeiro
"Guerra ao Terror" leva quatro prêmios técnicos; "Preciosa" vence atriz coadjuvante,
para Mo'Nique
Gabriel Bouys/France Presse
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Jeff Bridges comemora com a mulher vitória como melhor ator
CRISTINA FIBE
ENVIADA ESPECIAL A LOS ANGELES
"Guerra ao Terror" foi o
grande vencedor da noite de
premiação do Oscar, ontem à
noite em Los Angeles. O longa
dirigido por Kathryn Bigelow
ganhou seis estatuetas, contra
três vencidos por "Avatar", seu
concorrente direto.
"Guerra" venceu em direção,
filme, edição de som, mixagem
de som, roteiro original e montagem. "Avatar" levou três -direção de arte, efeitos visuais e
fotografia. Os outros filmes da
disputa que levaram maior número de estatuetas (2) foram
"Up - Altas Aventuras" -filme
de animação e trilha sonora- e
"Preciosa -atriz coadjuvante e
roteiro adaptado e "Coração
Louco" -canção e ator.
De resto a festa não apresentou surpresas, confirmando os
favoritos já premiados por outras instituições.
Um dos vencedores que já
chegou pronto para levar o troféu foi Jeff Bridges, que, por
"Coração Louco", também havia levado os principais prêmios de Hollywood como melhor ator. Ele derrotou Morgan
Freeman ("Invictus"), o queridinho George Clooney ("Amor
sem Escalas"), Colin Firth ("Direito de Amar") e Jeremy Renner ("Guerra ao Terror").
Sandra Bullock, também premiada pelo sindicato, chorou
ao levar o seu primeiro Oscar
por "Um Sonho Possível", contra a recordista de indicações,
Meryl Streep ("Julie & Julia"),
Helen Mirren ("The Last Station"), Gabourey Sidibe ("Preciosa") e Carey Mulligan
("Educação").
Aposta confirmada
A atriz Mo'Nique, consagrada como coadjuvante por "Preciosa - Uma História de Esperança", que venceu ainda melhor roteiro adaptado, deu sequência à série de apostas confirmadas.
Mo'Nique, a cruel mãe de
Precious, já acumula Globo de
Ouro, Spirit Awards e o reconhecimento do sindicato dos
atores. Ela mostrou que, sim,
havia preparado um discurso.
Primeiro, agradeceu à Academia "por mostrar que o mais
importante pode ser a performance, e não a política".
Depois de se lembrar dos nomes que precisava agradecer,
saudou o marido por tê-la ensinado "que algumas vezes você
tem que deixar de fazer o que é
popular e fazer o que é certo".
Na categoria de ator coadjuvante, o troféu ficou com Christoph Waltz, por "Bastardos Inglórios". É a primeira indicação
de Waltz, cuja performance no
filme de Quentin Tarantino
também já havia sido reconhecida pelo sindicato dos atores,
pelo Globo de Ouro e até pelo
festival de Cannes.
"Oscar e Penélope, über (super, em alemão) bingo!", brincou o ator, ao receber a estatueta das mãos de Penélope Cruz.
Ela atendeu a meta de fazer um
Oscar sucinto e rápido. "Sei que
quanto mais eu ficar aqui e falar, mais eles vão sofrer... Então
vamos fazer isso logo!"
A cerimônia foi ainda mais rígida, neste ano, quanto ao tempo dos discursos, e até avisou
antes: quem quisesse, poderia
fazer outro discurso nos bastidores, que ficará disponível para ser enviado a amigos e colegas.
E, como parte da busca pela
audiência, investiu pesado nos
comediantes -além dos apresentadores, Alec Baldwin e Steve Martin, convidou para participações figuras como Ben Stiller -que até se vestiu de
Na'vi- e Tina Fey.
Afora a briga filme independente x orçamento astronômico, o Oscar guardou apenas
uma surpresa -a estatueta de
"O Segredo dos Seus Olhos", do
argentino Juan Jose Campanella, que levou a categoria de filme estrangeiro contra "O Profeta", de Jacques Audiard, e "A
Fita Branca", de Haneke.
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