São Paulo, segunda-feira, 08 de março de 2010

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Oscar premia "Guerra ao Terror"

Jeff Bridges e Sandra Bullock ganham estatuetas de ator e atriz; argentino Campanella vence melhor filme estrangeiro

"Guerra ao Terror" leva quatro prêmios técnicos; "Preciosa" vence atriz coadjuvante, para Mo'Nique

Gabriel Bouys/France Presse
Jeff Bridges comemora com a mulher vitória como melhor ator

CRISTINA FIBE
ENVIADA ESPECIAL A LOS ANGELES

"Guerra ao Terror" foi o grande vencedor da noite de premiação do Oscar, ontem à noite em Los Angeles. O longa dirigido por Kathryn Bigelow ganhou seis estatuetas, contra três vencidos por "Avatar", seu concorrente direto.
"Guerra" venceu em direção, filme, edição de som, mixagem de som, roteiro original e montagem. "Avatar" levou três -direção de arte, efeitos visuais e fotografia. Os outros filmes da disputa que levaram maior número de estatuetas (2) foram "Up - Altas Aventuras" -filme de animação e trilha sonora- e "Preciosa -atriz coadjuvante e roteiro adaptado e "Coração Louco" -canção e ator.
De resto a festa não apresentou surpresas, confirmando os favoritos já premiados por outras instituições.
Um dos vencedores que já chegou pronto para levar o troféu foi Jeff Bridges, que, por "Coração Louco", também havia levado os principais prêmios de Hollywood como melhor ator. Ele derrotou Morgan Freeman ("Invictus"), o queridinho George Clooney ("Amor sem Escalas"), Colin Firth ("Direito de Amar") e Jeremy Renner ("Guerra ao Terror").
Sandra Bullock, também premiada pelo sindicato, chorou ao levar o seu primeiro Oscar por "Um Sonho Possível", contra a recordista de indicações, Meryl Streep ("Julie & Julia"), Helen Mirren ("The Last Station"), Gabourey Sidibe ("Preciosa") e Carey Mulligan ("Educação").

Aposta confirmada
A atriz Mo'Nique, consagrada como coadjuvante por "Preciosa - Uma História de Esperança", que venceu ainda melhor roteiro adaptado, deu sequência à série de apostas confirmadas.
Mo'Nique, a cruel mãe de Precious, já acumula Globo de Ouro, Spirit Awards e o reconhecimento do sindicato dos atores. Ela mostrou que, sim, havia preparado um discurso. Primeiro, agradeceu à Academia "por mostrar que o mais importante pode ser a performance, e não a política".
Depois de se lembrar dos nomes que precisava agradecer, saudou o marido por tê-la ensinado "que algumas vezes você tem que deixar de fazer o que é popular e fazer o que é certo".
Na categoria de ator coadjuvante, o troféu ficou com Christoph Waltz, por "Bastardos Inglórios". É a primeira indicação de Waltz, cuja performance no filme de Quentin Tarantino também já havia sido reconhecida pelo sindicato dos atores, pelo Globo de Ouro e até pelo festival de Cannes.
"Oscar e Penélope, über (super, em alemão) bingo!", brincou o ator, ao receber a estatueta das mãos de Penélope Cruz. Ela atendeu a meta de fazer um Oscar sucinto e rápido. "Sei que quanto mais eu ficar aqui e falar, mais eles vão sofrer... Então vamos fazer isso logo!"
A cerimônia foi ainda mais rígida, neste ano, quanto ao tempo dos discursos, e até avisou antes: quem quisesse, poderia fazer outro discurso nos bastidores, que ficará disponível para ser enviado a amigos e colegas.
E, como parte da busca pela audiência, investiu pesado nos comediantes -além dos apresentadores, Alec Baldwin e Steve Martin, convidou para participações figuras como Ben Stiller -que até se vestiu de Na'vi- e Tina Fey.
Afora a briga filme independente x orçamento astronômico, o Oscar guardou apenas uma surpresa -a estatueta de "O Segredo dos Seus Olhos", do argentino Juan Jose Campanella, que levou a categoria de filme estrangeiro contra "O Profeta", de Jacques Audiard, e "A Fita Branca", de Haneke.


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