São Paulo, terça-feira, 08 de abril de 2008

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Crítica

Em "Só a Mulher Peca", Lang filma forças da natureza

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É um estranho encontro: Barbara Stanwick e Marilyn Monroe. Todo gesto de Stanwick é pecaminoso. Ela sempre está envolvida em roubo, adultério, assassinato. É uma mulher dominada pelos próprios impulsos, submetida a eles, cheia de culpas. Mais cedo ou mais tarde, acabaria num filme de Fritz Lang, como "Só a Mulher Peca" (TCM, 0h05).
Barbara é uma mulher dos anos 40, talvez 30. Marilyn é bem anos 50. Não uma profissional (não ainda), mas uma profissional da sedução. Ela sabe muito bem que suas curvas são o maior patrimônio que tem e não se sente minimamente culpada por isso.
Na trama, Barbara volta à sua cidadezinha portuária, casa com Paul Douglas, mas transa com Ryan. Ponto forte do filme: a representação da região portuária, o trabalho dos pescadores. Lang faz com que o clima de tragédia venha do mar.
Ele, que em outros tempos não filmava o mar, por medo de sua força. Aqui filma o mar, Barbara e Marilyn: três forças da natureza.


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