São Paulo, quinta, 8 de maio de 1997.



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ARQUITETURA
Mostra em Nova York apresenta até o dia 8 de julho planos de dez escritórios para a maior expansão da história do museu
Exposição exibe projetos do novo MoMA

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
de Nova York

O Museu de Arte Moderna de Nova York exibe até o dia 8 de julho projetos que dez escritórios de arquitetura apresentaram para a maior expansão de sua história.
Chamada de "Rumo ao Novo Museu de Arte Moderna", a exibição tem como objetivo examinar o processo criativo e as propostas dos arquitetos. "Ela explora uma gama de opções para a expansão do MoMA. Fica difícil saber qual maquete é mais interessante", disse Glenn Lowry, diretor do museu.
Aberto em 1929, com seis salas alugadas num edifício da rua 57 com a Quinta Avenida, o MoMA transferiu-se para a rua 53, entre a Quinta e a Sexta Avenida, lugar em que se encontra até hoje, em 1932.
Em nove ocasiões, passou por grandes reformas. As últimas foram em 1980, ano da construção da ala oeste, e 1984, quando foi erguida a nova sala de cinema.
Em 1995, o MoMA comprou um prédio vizinho, o do hotel Dorset, além de duas casas adjacentes.
"Precisávamos de mais espaço para abrigar a coleção permanente, as exibições temporárias e os eventos culturais", disse Lowry.
Na procura da melhor solução urbanística para a reforma do museu, sua diretoria pediu a dez firmas de arquitetura que lhe apresentassem um projeto.
Foram contatadas quatro empresas norte-americanas, duas japonesas, duas holandesas, uma suíça e uma francesa, que passaram cerca de um ano examinando o espaço e planejando a expansão.
Para a etapa final do processo de seleção, foram aprovados por uma comissão do museu Jacques Herzog e Pierre de Meuron (Suíça), Yoshio Taniguchi (Japão) e Bernard Tschumi (Estados Unidos).
Jacques Herzog, 47, e Pierre de Meuron, 47, são professores visitantes das Universidades de Harvard e Cornell, nos EUA.
Yoshio Taniguchi, 66, é formado em engenharia mecânica, com mestrado em arquitetura pela Universidade de Harvard.
Bernard Tschumi, 53, professor da Universidade Columbia, em Nova York, é o responsável pelo Centro de Arquitetura e Design, um dos mais importantes escritórios dos Estados Unidos.
Até dezembro, eles terão de apresentar mais propostas concretas para melhor aproveitar o novo espaço adquirido pelo museu.
"Terão de junho até o final do ano para otimizar suas propostas e então decidiremos com que arquiteto trabalhar. Quem nos oferecer o melhor MoMA do ano 2000 ganha", disse o diretor do museu.
A instituição conta com recursos de entidades particulares e doações de pessoas físicas para custear a reforma. O museu ainda não revelou quanto será investido nas obras. "Primeiro definimos o vencedor, depois falamos sobre dinheiro. Do ponto de vista financeiro, os projetos são semelhantes."




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