São Paulo, sexta-feira, 08 de junho de 2007

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Rock rural é um estado de espírito, conta Guarabyra

DA REPORTAGEM LOCAL

Não basta apenas empunhar uma viola ou vestir um chapéu de vaqueiro. Rock rural é um "estado de espírito", um conceito. Quem explica é um dos inventores desse negócio, o músico Guarabyra.
"Embora rock seja sinônimo de um ritmo específico, a expressão rock rural é mais um conceito. Uma valsa pode ser chamada de rock rural, gravamos várias em nossos discos. É a forma como se tratam alguns temas, quase uma crônica. Damos nomes às paisagens, descrevemos personagens. Tudo num espírito viajante."
O trio Sá, Rodrix & Guarabyra lançou só dois discos de estúdio, "Passado, Presente e Futuro" (1972) e "Terra" (73). Foi o suficiente para motivarem a criação de um termo específico para as canções que faziam.
"Rock rural foi interessante porque marcava as duas colunas nas quais nossa música se apoiava: o rock, mais urbano, da década de 50; e a música rural brasileira, do sertão, principalmente o xote, o baião e o coco", conta Zé Rodrix.
À época, Sá não reclamou do termo. "É um rótulo que para muitos dava a entender que fazíamos música sertaneja, o que não é o caso. O que queríamos era misturar a tecnologia que vinha chegando ao país com os dados culturais brasileiros."
Após "Terra", Rodrix deixou o grupo. Sá & Guarabyra seguiu colocando lenha no rock rural. Nos anos 80, veio o sucesso comercial. A dupla emplacou três canções na novela "Roque Santeiro": uma homônima, "Verdades e Mentiras" e "Dona", na voz do Roupa Nova.


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