São Paulo, quarta-feira, 08 de junho de 2011

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CRÍTICA JAZZ

Após dar folga a quarteto, Branford Marsalis surge delicado e melancólico

FABRICIO VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Branford Marsalis resolveu dar folga a seu tradicional quarteto. Desta vez, convocou apenas o pianista Joey Calderazzo para integrar seu novo trabalho.
De pendor camerístico, "Songs of Mirth and Melancholy" é um delicado e expressivo diálogo entre instrumentistas finamente entrosados -eles tocam juntos desde o final dos anos 1990. "One Way" abre o disco com um contagiante sabor "bluesy" que pode iludir o ouvinte: dali para a frente o tom será outro, muito mais introspectivo, melancólico.
Em nove peças, Marsalis e Calderazzo exibem também, alternadamente, suas facetas de compositores. De temas alheios, há "Die Trauernde", resgatado do universo erudito de Brahms, e "Face on the Barroom Floor", de Wayne Shorter.
Marsalis decide utilizar menos seu tradicional sax tenor, dando mais espaço ao soprano.
De sonoridade mais aguda e pontilhista, ele se ajusta melhor à sutileza de algumas faixas, como em "The Bard Lachrymose", que explicita seu gosto pelo clássico.
Gravado em apenas três dias no começo de 2010, "Songs of Mirth and Melancholy" começou a nascer há alguns anos, quando os dois músicos tocaram pela primeira vez em duo, na abertura de um torneio de golfe. Jazz para ser ouvido sem pressa ou distrações.

SONGS OF MIRTH AND MELANCHOLY

ARTISTA Branford Marsalis e Joey Calderazzo
LANÇAMENTO Marsalis Music
QUANTO US$ 9,99 (cerca de R$ 15,70 mais taxas, na Amazon)
AVALIAÇÃO bom


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