São Paulo, quinta-feira, 08 de agosto de 2002 |
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TEATRO "A Besta na Lua", de Richard Kalinoski, estréia amanhã Montagem inédita no Brasil expõe sobrevivência a conflitos étnicos
VALMIR SANTOS DA REPORTAGEM LOCAL "Odar", em armênio, designa a outra pessoa, o estrangeiro. É uma palavra-chave para "A Besta na Lua" (92), peça do americano Richard Kalinoski que ganha montagem brasileira inédita a partir de amanhã, para convidados, no Sesc Belenzinho (SP). O texto expõe a pesada herança dos conflitos étnico-religiosos -sim, eles seguem na pauta do dia- que se abate sobre o casal Tomasian: Aram (Ricardo Napoleão) e Seta (Beatriz Sayad), filhos de armênios assassinados por turcos no final do século 19. "A Besta na Lua" (metáfora armênia para eclipse lunar) se passa entre 1921 e 1933. Aram é um bem-sucedido fotógrafo imigrante em Wisconsin, nos EUA. Ele traz uma adolescente de seu país para casar. O maior obstáculo da relação é o apego do marido aos mortos da família, representados por uma antiga fotografia em que as cabeças das pessoas estão recortadas. Aram vê-se na missão de preencher esses "buracos" com nova família, mas Seta não consegue engravidar. Um garoto de rua, Vincent (Thomás Jorge), ele também um órfão, os ajudará a desvencilhar-se dos fantasmas. A BESTA NA LUA - onde: Sesc Belenzinho (av. Álvaro Ramos, 915, SP, tel. 0/xx/11/6605-8143). Quando: estréia amanhã, às 21h, para convidados; sex. e sáb., às 21h; dom., às 20h. R$ 15. Texto Anterior: Patrimônio: Casa de Flávio de Carvalho será recuperada Próximo Texto: Contardo Calligaris: Crise do mercado ou crise do sujeito? Índice |
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